Para o filósofo grego, Aristóteles, um dos inspiradores da Maçonaria, “política é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na Cidade-Estado, ou pólis), e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva). A política situa-se no âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que buscam conhecimento como meio para a ação.”
Os grandes feitos da Maçonaria, no passado, ainda hoje cantados e contados como heroicos, referem-se à participação da Instituição nos movimentos sociais em prol da liberdade e na emancipação dos povos.
O que dizem as Constituições Maçônicas:
– da Grande Loja do Piauí:
“A Maçonaria proíbe, expressamente, toda discussão política ou religiosa SECTÁRIA dentro de seus Templos”
Do Grande Oriente do Brasil
“São postulados universais da Instituição Maçônica:
Proibição de discussão ou controvérsia sobre MATÉRIA POLÍTICO-PARTIDÁRIA, religiosa e racial, dentro dos templos ou fora deles, em seu nome.”
Em ambos os casos a proibição não alcança o trato de assuntos de Ciência Política e políticas públicas sociais, limitando-se a assuntos partidários de interesses individual ou de grupos, capazes de gerar conflitos e desagregações.
A partir dessas premissas a Grande Loja do Espírito Santo, sob os auspícios da Confederação Maçônica Interamericana, participou de encontro na Cúpula das Américas, para tratar de assuntos em defesa da Democracia e do Estado de Direito, dentro outros correlato.
Veja-se o relato
“A Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo (GLMEES), representada pelo seu Grão-Mestre, Valdir Massucatti, integrou uma missão técnica organizada pela Confederação Maçônica Interamericana (CMI) junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, no dia 14 de fevereiro. O evento reuniu dezenas de líderes maçônicos de diversos países das Américas, com o objetivo de fortalecer o diálogo e aprofundar o conhecimento sobre temas fundamentais para o desenvolvimento democrático e social do continente.
Compromisso com o Fortalecimento Institucional
A iniciativa, realizada na sede da OEA, reafirmou o compromisso histórico da maçonaria com valores como justiça, liberdade e igualdade. Durante a missão, os participantes discutiram temas estruturantes para a governança continental, incluindo:
Democracia nas Américas: Desafios contemporâneos, preservação do Estado de Direito e enfrentamento de ameaças autoritárias.
Sistema Interamericano de Direitos Humanos: Mecanismos de proteção dos direitos fundamentais e promoção da dignidade humana.
Carta Democrática Interamericana: Revisão dos instrumentos legais que garantem a estabilidade democrática nos países membros da OEA.
Observação Eleitoral: Estratégias para garantir processos eleitorais transparentes e livres, fundamentais para a legitimidade das democracias.
Valdir Massucatti, líder da GLMEES, destacou a importância da parceria entre instituições civis e organismos multilaterais: “Esta missão reforça nosso papel como agentes de transformação social. A troca de experiências com a OEA nos permite alinhar nossas ações a padrões internacionais de excelência, contribuindo para sociedades mais inclusivas e resilientes.”
Sinergia entre Tradição e Inovação Institucional
A colaboração entre a CMI e a OEA simboliza a convergência entre a tradição filosófica da maçonaria — centrada no humanismo e no progresso — e as agendas modernas de cooperação interamericana. Como principal fórum político do continente, a OEA enxerga essa parceria como uma oportunidade de engajar atores não estatais na promoção de seus pilares: democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento.
Resultados e Próximos Passos
A missão foi considerada um sucesso, abrindo caminho para futuras colaborações. Entre os encaminhamentos, está a proposta de projetos conjuntos para capacitação de lideranças locais em temas como mediação de conflitos e integridade eleitoral. A GLMEES, em particular, planeja disseminar os conhecimentos adquiridos entre suas lojas afiliadas, transformando insights (ideias) em ações práticas no Espírito Santo e em outras regiões.
Agradecimentos e Compromisso Contínuo
Em nota, a GLMEES expressou seu agradecimento à OEA pela oportunidade e reafirmou seu compromisso com a causa pan-americana: “Seguiremos unindo esforços para construir um hemisfério onde a democracia não seja apenas um ideal, mas uma realidade vivida por todos.”
Com iniciativas como essa, a maçonaria capixaba e suas congêneres continentais reafirmam seu papel na vanguarda da construção de um futuro pautado pela ética, justiça e paz social”.
Fonte: Revista o Malhete