Cumprindo pena de 50 anos de prisão pela morte do marido, a pastora e ex-deputada federal Flordelis escreveu uma carta onde pede ajuda por problemas de saúde que sofre na prisão. A carta, assinada por ela, foi compartilhada nas redes sociais pela defesa da pastora na noite de quarta-feira (19).
A defesa cita que inúmeras petições foram feitas, para auxiliar a pastora, que está presa desde 2021. Na carta, ela reforça que é inocente. “Minha saúde mental tem piorado também. Tive um AVC e fui tratada. Tenho crises convulsivas, me urino toda, susto de memória. Tive princípio de infarto e o que me salvou é que vomitei”, escreveu Flordelis.
Ela também escreveu que deu entrada na prisão com “síndrome do pânico, fobia social, depressão e crise convulsiva”. “Passei 10 dias no isolamento e somente fui tirada porque desmaiei, não sei por quanto tempo fiquei desacordada, estava sozinha e quando acordei com a testa sangrando”, escreveu.
Na publicação, a defesa afirma que Flordelis “fez um apelo por sua vida escrevendo uma carta entregue as autoridades”. A pastora citou também que chegou a sofrer apagões durante atividades, quebrando dentes e machucando o joelho direito, mas não teve atendimento médico adequado.
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Relembre o caso
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado em 16 de junho de 2019, dentro da casa onde morava com Flordelis e os filhos. Na época, a deputada afirmou, durante depoimento, que o marido teria sido vítima de um assalto.
Na primeira fase das investigações, Flavio dos Santos Rodrigues, filho biológico do casal, foi identificado e preso como executor do crime, e Lucas César dos Santos, filho adotivo, foi apontado como a pessoa que comprou a arma utilizada no assassinato.
A deputada foi condenada pelo crime de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e organização criminosa.
Além dela, a filha biológica de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, foi condenada a 31 anos e quatro meses por homicídio, homicídio qualificado e associação criminosa. Os outros três acusados, os filhos adotivos de Florelis, Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, e a neta biológica Rayane dos Santos, foram inocentados.