O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (7) que os atos do 8 de janeiro foram uma “agressão inimaginável” às instituições, mas não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado.
O parlamentar concedeu entrevista a uma rádio da Paraíba, onde cumpre agendas nesta sexta-feira. Motta foi questionado sobre o projeto de lei que dá anistia aos condenados pelos ataques que depredaram a sede dos três Poderes e sobre qual seria a sua opinião pessoal acerca do tema.
“O que aconteceu não pode ser admitido que aconteça novamente. Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer”, disse o deputado.
“Agora querer dizer que foi um golpe. Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, afirmou Motta.
“Ali foram vândalos, baderneiros que queriam, com a inconformidade com o resultado da eleição, demonstrar sua revolta. Achando que aquilo poderia resolver talvez o não prosseguimento do mandato do presidente Lula. E o Brasil foi muito feliz na resposta, as instituições se posicionaram de maneira muito firme”, disse.
Ao longo da campanha para presidência da Câmara, Motta evitou se comprometer com o projeto de lei da anistia, para não gerar ruídos com o PT e o PL, as duas maiores bancadas da Casa. Seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a criação de uma comissão especial para discutir o tema para evitar que esse projeto pudesse comprometer a eleição de seu candidato no processo de sucessão —o grupo não saiu do papel.
Da Redação