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Trump retira os EUA do Acordo de Paris e da OMS

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos que tomou posse nesta segunda-feira (20), anunciou mais uma vez a saída de seu país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e prometeu revogar ao todo 79 medidas do governo Biden em discurso para 20 mil apoiadores na Arena Capital One, em Washington.

 

No seu 1º mandato, Trump já tinha retirado o país do acordo, alegando que ele prejudicava a economia americana e beneficiava outros países às custas dos Estados Unidos.

O processo levou anos e foi imediatamente revertido pela presidência do democrata Joe Biden em 2021.

Agora, com a saída confirmada novamente em decreto presidencial assinado por Trump na noite desta segunda, os Estados Unidos devem se juntar a países como Irã, Líbia e Iêmen, os únicos fora do acordo de 2015.

A medida, contudo, só deve ser oficializada após confirmação da Onu (Organização das Nações Unidas).

Conhecido por sua postura de flexibilização regulatória e apoio ao setor de combustíveis fósseis, Trump prometeu uma linha dura CONTRA restrições ambientais, o que preocupa especialistas e ambientalistas.

Como a maior economia do mundo e a segunda emissora de gases de efeito estufa, as decisões dos EUA terão impacto direto na luta global contra as mudanças climáticas.

“Os riscos dessa saída são dois: o primeiro é que os EUA não se desconectem completamente, com o Departamento de Estado ainda podendo atrapalhar as negociações; o segundo é que isso possa causar uma reação em cadeia, levando outros países a sair, o que enfraqueceria o esforço multilateral”, avalia Claudio Angelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima.

Os países signatários concordaram em atingir “1 pico das emissões de gases-estufa o mais cedo possível” e, “em seguida, iniciar reduções rápidas para chegar a 1 equilíbrio entre as emissões” originadas por atividades humanas e aquelas “absorvidas pelos sumidouros de carbono durante a 2ª metade do século”.

Saída da OMS
O presidente Donald Trump anunciou o fim de qualquer envolvimento ou financiamento dos EUA à OMS (Organização Mundial da Saúde). A entidade, com sede em Genebra, foi central na luta contra a pandemia da covid-19 e é responsável pelo desenvolvimento de programas de combate a doenças pelo mundo.

O novo governo americano também anunciou sua saída das negociações de um Acordo Pandêmico, um esforço internacional para criar regras para que o mundo esteja mais preparado para uma futura pandemia.

“A OMS nos roubou. Isso não vai acontecer mais”, disse Trump, enquanto assinava ordens executivas no Salão Oval. A ruptura com a agência da ONU ocorreu instantes depois de Trump também anunciar a saída dos EUA do Acordo do Clima.

Trump alegou que o principal problema da OMS seria o fato de a contribuição americana ser muito superior ao que pagam os chineses. Hoje, ela seria de US$ 500 milhões, contra menos de US$ 100 milhões de Pequim. “Vocês acham isso justo?”, questionou.

Os motivos, porém, vão muito além da contribuição financeira. A OMS é considerada pela extrema direita como um dos focos da difusão de políticas de atenção à saúde reprodutiva e sexual.

Outro ponto de discórdia se refere à pandemia e ao fato de que a agência ter feito críticas abertas contra a forma pela qual Trump optou por lidar com a covid-19.

Naquele momento, o governo americano abriu uma guerra contra a OMS e acusou a China de ter passado a controlar a agência. Seu diretor-geral, Tedros Gebreyesus, foi alvo de uma operação de ataques nas redes sociais e acusado de ajudar a China a esconder a origem da covid-19.

Com informações da Reuters

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