Um policial militar da ativa foi preso nesta quinta-feira (16) pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo acusado de ter matado Vinícius Gritzbach, delator do PCC executado no ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção criminosa. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.
No total, 15 PMs foram presos na operação, sendo 14 do núcleo de segurança pessoal do delator e o acusado de ser o atirador.
Em entrevista à TV Globo, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que as prisões mostram que a corporação não admite desvios de conduta e prometeu punição.
“É inadmissível o envolvimento de agentes da lei com o crime seja da Polícia Militar, da Polícia Civil. Aqueles que tiverem desvios de conduta, em especial envolvimento o crime organizado, serão severamente punidos”, afirmou.
A TV Globo apurou que o policial preso acusado de ser o atirador é o cabo Denis Antonio Martins. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.
Em entrevista à imprensa, Derrite informou que o processo corre em segredo de Justiça e, por isso, os nomes dos PMs não serão divulgados.
Morte de Gritzbach
Câmeras de segurança do aeroporto gravaram o assassinato de Gritzabach, cometido por homens encapuzados usando fuzis, que fugiram em seguida.
Um motorista por aplicativo que estava ali no local acabou sendo atingido por um dos disparos e também morreu.
Dois suspeitos de participarem da execução foram presos dias depois por uma força-tarefa criada pelo governo paulista para investigar o caso.
Com informações do globo.com