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Câncer de próstata: tabus ainda dificultam tratamento precoce e adequado da doença

Há muita apreensão nos homens quando o assunto é saúde, pois esta mantém neles a falsa autoimagem de viril, protetor e trabalhador. O impacto disso faz com que muitos se fechem quando descobrem sinais de doenças no corpo, entre elas, o câncer de próstata, o segundo que mais incide na população masculina, principalmente os da terceira idade, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em consultas de rotina, podem ser identificados precocemente doenças crônicas prevalentes, como hipertensão arterial, diabetes e síndrome metabólica, bem como aumento benigno da próstata, disfunção sexual, fimose, varicocele, tumores do trato urogenital, malformações do trato urogenital e hérnias.

 

Especificamente quanto ao câncer de próstata, de acordo com o médico Djalma Costa, docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), trata-se de uma doença silenciosa cujos sintomas só se tornam notáveis passado algum tempo. Entre os sintomas, estão: sangue na urina; dor pélvica; dor óssea e problemas para urinar. Exatamente por isso é importante perceber a presença dos sinais, realizar exames com regularidade e sempre que for necessário. Vale lembrar que é possível diminuir os riscos da doença ao evitar o cigarro, o sobrepeso e exposição a certas substâncias.

Porém, há riscos sob os quais não se tem controle, a exemplo do aumento da idade e os casos da doença na família, o que deve manter a pessoa alerta quanto à própria saúde. Nesse sentido, o diagnóstico precoce é fundamental para acesso ao tratamento seguro e digno. O médico acrescenta que a dificuldade na busca por um especialista tem a ver com questões sociais.

“Existe a ideia que o homem deveria desempenhar sempre um papel em que ele deve estar disposto ao trabalho, a produzir e gerar o lucro. Por isso, adoecer ameaçaria essa relação entre masculinidade, sociedade e relações de trabalho”, pontua o Dr. Costa ao ressaltar que essa ideia é ultrapassada.

O especialista pondera, dentro disso, que é imprescindível valorizar “políticas públicas que deem visibilidade aos homens e estimulem o seu processo de saúde em que se possa intervir através da educação na infância e engajar as diferentes faixas etárias no autocuidado, o que tende a dar lugar de fala nos vários setores da sociedade”, pontua. O Dr. Djalma reitera que o ideal é buscar um médico regularmente para cuidados com a saúde. “Com educação em saúde, mudança no estilo de vida e consultas preventivas, é possível mudar a história dos homens”, finaliza.

Com informações da Ascom

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