O lançamento de iniciativas baseadas em análise de dados sobre igualdade de gênero no controle externo e ações para aumentar a participação feminina em espaços de liderança no setor público foi tema de debates na manhã desta terça-feira, durante o IX Encontro Nacional de Tribunais de Contas (IXENTC).
A reunião contou com apenas um palestrante do sexo masculino, entre 7 lideranças femininas, para discorrer sobre o tema no seminário intitulado “Políticas Públicas e os Desafios do Controle Externo no Acompanhamento da Regularidade e Eficácia: Controle Externo e Perspectiva de Gênero”.
A Conselheira Waltânia Alvarenga apresentou a palestra “Ações Afirmativas de Políticas de Gênero e de Ressocialização no Âmbito Do TCE-PI”. “Temos quatro conselheiras na composição do nosso tribunal e várias ações afirmativas de políticas de gênero de ressocialização, como reserva de vagas para egressas do sistema prisional e mulheres vítimas de violência. O caminho ainda é muito longo, mas acredito que, com a resistência das mulheres, a justiça será feita e essa realidade já está mudando”, destacou.
Um grupo de trabalho instituído pela Atricon debate, de forma permanente, formas de estabelecer e fomentar diretrizes de controle externo das políticas públicas de promoção da igualdade de gênero no Sistema Tribunais de Contas do Brasil. Durante o seminário, foram apresentados dados do trabalho do GT e iniciativas semelhantes em outros Tribunais de Contas e no Governo Federal, no âmbito do Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política.
O seminário discutiu dados sobre violência contra a mulher, informações sobre equidade de gênero, ocupação de cargos de alta liderança e a produção de dados para auditorias, com o objetivo de analisar as políticas públicas adotadas na área.