A Enel não cumpriu o plano de contingência para eventos climáticos extremos e colocou menos funcionários em campo do que o esperado após a tempestade que atingiu São Paulo, segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa.
Até as 14h30 deste domingo, 760 mil imóveis continuavam sem luz após um forte temporal atingir o estado de São Paulo na última sexta-feira (11), conforme último boletim da concessionária.
A Aneel se reuniu no começo da noite deste domingo (13) com representantes da Enel e de outras oito empresas responsáveis pelo abastecimento de energia elétrica em São Paulo e Região Metropolitana.
Participaram da reunião representantes da Enel São Paulo, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobrás Furnas
“A percepção que nós temos a respeito da recuperação do serviço é que ela [Enel] de fato não tem atendido todas as expectativas com relação ao ano passado. Claro que esses números precisam ser melhor decurados, porque agora temos uma quantidade de consumidores muito grande que estão interrompidos em função do evento. E há outros consumidores que tem ausência do seu serviço por questões da rotina diária do serviço de distribuição.”, afirmou Feitosa em coletiva de imprensa.
Há 1.700 funcionários trabalhando em campo para restabelecer a energia elétrica na capital e Região Metropolitana, de acordo com o diretor-geral da Aneel.
Entretanto, o plano de contingência apresentado pela Enel para a agência no ano passado — em razão do apagão de 3 de novembro do ano passado — previa a mobilização de 2.500 agentes para eventos climáticos da dimensão do temporal que atingiu São Paulo na sexta-feira (11).
O diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) Thiago Nunes também afirmou que se preocupa com a “capacidade de mobilização” e a “velocidade desse restabelecimento”.
Da Redação