Um refém beduíno-israelense foi resgatado num túnel ao sul de Gaza, nesta manhã de terça-feira: Farhan Al Qadi, 52, passou 326 dias em cativeiro, sequestrado no kibutz Magen, onde trabalhava como guarda em uma fábrica de embalagem. Ele é o oitavo refém resgatado com vida, o primeiro árabe. Outros 17 beduínos foram mortos durante a invasão do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.
O resgate “é milagroso”, reagiu o Fórum de Famílias de Reféns, acrescentando que Israel deve fazer um acordo “para trazer todos para casa”, agora 104, incluindo 34 que devem estar mortos, segundo os serviços de inteligência. O acordo de cessar-fogo e libertação de reféns continua sob negociações, no Cairo, sem superar os impasses que o bloqueiam.
Al Qadi, pai de onze filhos, pertence a uma comunidade beduína perto da cidade de Rahat. Ele foi encontrado por um comando de elite da Marinha, numa “complexa operação” que incluiu o Shin Bet, o serviço secreto doméstico de Israel. O porta-voz militar israelense não forneceu mais informações para “não pôr em perigo a vida dos outros reféns”.
Levado ao Hospital Soroka, em Beersheba, Al Qadi está passando por exames, mas já foi considerado em boa saúde. Seu irmão Qaid Farhann al-Qadi estava “muito feliz”, como disse à TV israelense: “Não consigo explicar esse sentimento. É melhor até do que a chegada de um novo bebê”. Ele contou que sua família planeja uma grande festa para comemorar a volta do irmão, e desejou o mesmo às famílias dos outros reféns: “Desejamos que todos sejam libertados e que haja um acordo agora”. Para o presidente Isaac Herzog, o resgate é “um momento feliz para o estado de Israel e para a sociedade israelense”.