O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), desenvolveu um protótipo de Inteligência Artificial (I.A.), que já está sendo treinado para analisar os dados coletados de possíveis focos de incêndio. A tecnologia pioneira facilitará o acionamento das brigadas municipais e do Corpo de Bombeiros, antes do fato acontecer.

O protótipo desenvolvido pela Diretoria de Sistemas e Tecnologia da Informação da Semarh, segundo a equipe, utilizará o histórico do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), para detectar ameaças, confirmar incêndios, precisar o local e informar às brigadas e Corpo de Bombeiros em tempo real, acelerando as ações de combate ao fogo.

Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento da Semarh, explica que a utilização dos dados levará em consideração as mudanças climáticas e pesquisas institucionais, utilizando o intervalo de 20 anos do histórico de queimadas no estado. “A priori, será de uso interno, depois de calibrado os dados e aprimorada a tecnologia com análises assertivas, será de livre acesso”, complementa.

Atualmente, a Semarh também utiliza dados do Programa Brasil Mais da Polícia Federal, que possibilita o acesso a imagens de satélite em tempo real.

“Por meio da plataforma, é possível verificar quando começou um incêndio, o ponto de início, agilizando a fiscalização e as investigações”, explica Sara.

Por meio da Sala de Monitoramento, a Semarh emite Boletim de Incêndios Florestais no Piauí, com um quantitativo diário de focos de calor e de focos de fogo. Conjuntamente a este monitoramento, o diretor de fiscalização ambiental da Semarh, destaca a importância do treinamento e formação das brigadas florestais municipais realizados pela Secretaria.

“Saltamos de 18 brigadas, em 2022, para 66 brigadas treinadas e equipadas, atualmente no Piauí”, enfatiza o Major.

Com informações da Ascom