O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a subir o tom contra a oposição do país, representada pelo ex-diplomata Edmundo González, que lidera algumas pesquisas de intenção de voto das eleições de domingo (28). Após ameaçar uma “guerra civil” e um “banho de sangue” se perder, o ditador avisou não querer “show nem choradeira” porque vai dar “uma surra” no rival.
“Não nasci cantor, sou o presidente, e os senhores vão escutar o melhor repertório que hoje venho a apresentar”, começou Maduro durante um discurso em La Guaira, cidade no caribe venezuelano e localizada a cerca de 40 minutos de carro do centro de Caracas. Em seguida, emendou alguns versos, com uma espécie de canto, para os apoiadores.
“Ninguém pergunta, se sofro ou se choro, se tenho vergonha, que dói profundamente. Sou o presidente e, domingo, vou ganhar porque o povo na rua vai voltar a triunfar”, disse. “Não quero show nem choradeira e no domingo vamos dar uma surra”, completou.
Maduro ameaça banho de sangue
Na última quarta-feira (17), durante um pronunciamento, Nicolás Maduro usou palavras duras que ecoaram na comunidade mundial.
“Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, ameaçou.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ficou “assustado” com a declaração do ditador da Venezuela. Segundo o petista, o venezuelano “tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.