Em entrevista nesta quarta-feira (2) para falar sobre a operação Caligo, que apura desvios na Fundação Municipal de Saúde (FMS) e empresas distribuidoras de medicamentos, a delegada Mariana Paranhos Calderón, superintendente da Polícia Federal, e o superintendente da Controladoria Geral da União (AGU) no Piauí, Glauco Soares Ferreira, afirmaram que os investigadores constataram divergências entre a quantidade comprada pela FMS e a fornecida pelas empresas, o que resultou num lucro de aproximadamente R$ 4,5 milhões para os donos das empresas envolvidas.
Conforme a Polícia Federal, as empresas Distrimed, situada na avenida Odilon Araújo, no bairro Piçarra, e Fermaq, localizada na avenida Miguel Rosa, estão sendo investigadas por superfaturamento no fornecimento Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), kits testes para coronavírus, insumos e equipamentos hospitalares.
As investigações apontaram que uma servidora da FMS, que não teve o nome revelado, é sócia de uma das empresas investigadas. Ela é suspeita de fraudar a cotação de preços apresentada na formalização dos contratos. A cotação de preços usados era de produtos diferentes dos que foram entregues à FMS.
“Uma das empresas investigadas pertence a uma sócia que tem vínculo empregatício com a Fundação Municipal de Saúde. Apresentaram a cotação de um produto diferente do que foi adquirido pela Fundação”, disse o superintendente da CGU, Glauco Soares.
Da Redação
Foto: Divulgação/Polícia Federal