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PF e Receita fazem nova operação contra suspeitos de contrabandear 500 mil celulares

Equipes localizaram na manhã deste sábado (13) um depósito com diversos equipamentos que seriam vendidos posteriormente

Equipes da PF (Polícia Federal) e da Receita Federal realizam, na manhã deste sábado (13), mais uma operação contra uma empresa suspeita de fazer parte de uma organização criminosa que teria contrabandeado ao menos 500 mil celulares nos últimos cinco anos. Os órgãos descobriram um depósito escondido com equipamentos que seriam vendidos posteriormente.

 

A reportagem confirmou com os órgãos a continuidade da operação. O depósito escondido fica localizado em Brasília, e o material está sendo recolhido pelas equipes. Os funcionários relataram que já apreenderam neste sábado mais do que fora apreendido na quarta-feira (10), na primeira fase da ação, quando foram recolhidos 1.376 celulares, avaliados de forma preliminar em R$ 2 milhões.

A operação teve início na quarta-feira (10), quando equipes da Receita Federal e da PF cumpriram 46 mandados de busca e apreensão contra 51 pessoas suspeitas de fazer parte da organização criminosa. Os empresários de Brasília Ivan Bernardes Vivas e Thiago Borges Bernardes, pai e filho, são os principais alvos da operação. Além deles, Mauro Matos e Leandro Souza, donos de lojas de celulares em shoppings e em uma feira da capital federal, foram alvos de buscas.

A investigação apontou que o dinheiro era lavado em empresas de fachada. A Justiça também autorizou o bloqueio de bens, imóveis e contas bancárias dos principais alvos no valor de R$ 300 milhões. Cerca de 250 policiais federais e 100 servidores da Receita Federal participaram da ação na ocasião. Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Paraná, Goiás, Santa Catarina, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.

O R7 e a RECORD tenta contato com os citados, e o espaço permanece em aberto.

Como funciona o esquema

De acordo com a investigação, o esquema começa no envio de dinheiro para o Paraguai a partir de doleiros. Eles declaram falsos lucros a partir de empresas de fachada, que não têm nenhum funcionário. A PF mapeou a movimentação bruta de mais de R$ 1 bilhão desde 2022.

Os crimes investigados são os de associação criminosa, com pena de até três anos de prisão; descaminho, com pena de um a quatro anos de reclusão; e lavagem de dinheiro, que pode gerar até 10 anos de prisão.

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