A família de Marlenia Pereira, vítima do crime de feminicídio cometido pelo ex-marido, o tenente da Polícia Militar da Polícia do Piauí, Pedro José de Oliveira, que foi condenado a 29 de prisão em regime fechado, cobrou agilidade à Corregedoria da PM-PI para der andamento ao Conselho de Justificação da instituição para que o militar seja encaminhado a presídio e retire seus proventos.
Iaslânia Pereira, filha de Marlenia Pereira, afirmou que sua mãe já estava separada há 18 anos do tenente Pedro José.
“Minha mãe já estava separada há 18 anos do então tenente Pedro José de Oliveira. Ele cometeu o crime em janeiro de 2022 e logo em seguida foi preso. Em outubro de 2022, foi criado o Conselho de Justificação, que tem um prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Ele já foi condenado em dezembro de 2023 a 29 anos de prisão em regime fechado, mas o Conselho de Justificação ainda não foi concluído”, lamenta.
De acordo com Iaslânia, o tenente continua recebendo regalias na PM-PI.
“Ele (tenente Pedro José) continua recebendo regalias da patente, com salário de mais de R$ 8 mil. Esse processo já era para ser finalizado, mas a Corregedoria alega que ainda não escolheu os membros do Conselho de Justificação para fazer parte do processo”, destaca.
Iaslânia estranha a morosidade da Corregedoria em concluir esse processo, já que outros casos tiveram uma resolutividade rápida.
“Um policial civil que usava o cargo indevidamente foi exonerado pelo secretário de Segurança, Chico Lucas. Então, nós familiares, queremos uma explicação plausível do comandante da PM-PI o porquê para essa demora em concluir o Conselho de Justificação na Corregedoria”, questiona.
A reportagem do newspiaui não conseguiu contato com a Corregedoria da PM-PI, mas o espaço fica aberto para esclarecimentos.
Confira a sentença de tenente Pedro José de Oliveira
Relembre o caso
tenente reformado da Polícia Militar do Piauí, identificado pelas iniciais P.J.O, foi condenado a mais de 29 anos de prisão pelo assassinado da ex-esposa. A sentença foi proferida nessa quarta-feira (13), em julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina.
De acordo com denúncia do Ministério Público do Estado (MPPI), assinada pelo promotor Regis Marinho, o crime de feminicídio foi praticado em janeiro de 2022, quando a vítima andava de bicicleta e foi alvejada com três tiros em via pública. A mulher foi encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde ficou internada por três dias, mas não resistiu e veio a óbito.
Da Redação