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Pesquisa mostra aumento no nível de endividamento no mês de agosto em Teresina

No mês de Agosto de 2020, a Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Teresina, realizada pela CNC –Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em parceria com a FECOMERCIO-PI, revela que 66,9% das Famílias da Capital afirmaram possuir dívidas com cartão de crédito, carnê de lojas, crédito consignado, cheque pré, cheque especial e outros, enquanto que no mesmo mês do ano anterior o percentual foi de 47,2%. Neste sentido, pode-se afirmar que essa taxa não está tão elevada haja vista que o Endividamento significa as compras que o Consumidor realiza a prazo. Assim sendo, 33,1% são compradores que levam o dinheiro até o caixa. A proporção das famílias que se declararam muito endividadas alcançou 9,5%, enquanto a fatia que se considerou pouco endividado foi de 29,9%.

Contas em atraso
O Percentual de famílias com contas em atraso subiu para 19,0%. No mês passado encontrava-se em 17,0% e em agosto de 2019 o patamar era de 10,6%. Dentre as causas que mais contribuíram para que as famílias atrasassem suas contas citam-se a falta de controle financeiro, gastos inesperados, desemprego e assunção de dívidas de terceiros. O desemprego, ainda elevado, pode ajudar a explicar a maior dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia.

Tipo de dívidas
Os Instrumentos de crédito mais utilizados pelas famílias para contrair dívidas foram os cartões de crédito com 88,0% e carnês de lojas (citados por 22,9% dos entrevistados), seguido por financiamento de carro (6,1%), crédito pessoal (3,8%), financiamento de casa (2,9), crédito consignado (2,2%), cheque especial (1,2%) e outras dívidas (0,6%). Enquanto, para as famílias que faturam acima de 10 salários mínimos 95,1% contraíram dívidas com cartão de crédito, 26,3% com carnês de lojas, 21,3% com financiamento de carro e 16,4% com crédito pessoal.

Comprometimento de renda
Entre as famílias teresinenses endividadas, 29,1% disseram que tem entre 11% a 50% da Renda comprometida com débito, porém, 8,5% afirmam ter menos de 10% dos seus ganhos comprometidos e 59,7% relataram ter comprometimento de mais de 50%.

Tempo de dívidas em atraso
Em relação ao tempo de pagamento de dívidas com atraso, aqueles que têm dívidas até 30 dias representa 32,6%. Entre 30 e 90 dias, são 38,5%; acima de 3 meses , 28,5%. O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 53,8 dias.
Em média o comprometimento com as dívidas foi de 7,3 meses, sendo que 36,7% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas 59,7% afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívida.

Inadimplência
O percentual de famílias que declararam na pesquisa não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso atingiu 5,9% do total de Endividados. Para o grupo com renda até 10 salários mínimos, o percentual de famílias sem condições de quitar seus débitos passou de 5,3% em julho para 5,8% em agosto.
Na verdade, os Consumidores que faturam até 10 salários mínimos, 40,1% disseram que tem condições de pagar totalmente as suas dívidas em atrasos, enquanto 29,7% afirmaram que têm condições de quitá-las, mas parcialmente. Já as famílias com maior poder aquisitivo, cujo faturamento está acima de 10 salários mínimos, 14,3% relataram que tem condições de honrar, parcialmente as suas dívidas em atraso.
Por causa da corona vírus, desde abril os resultados são negativos nas vendas do varejo. e também, na queda dos empregos com carteira assinada, razão pela qual houve aumento no endividamento das famílias, no atraso nas contas e na inadimplência.

Comparação com outras capitais
A pesquisa demonstrou ainda uma tendência de crescimento dos três níveis basilares da pesquisa, o endividamento, as contas em atrasos e das pessoas que não terão condições de pagá-las, com o início da pandemia do Corona Vírus e de suas consequências econômicas. Isso porque, conforme se analisou nos gráficos abaixo, a capital teresinense apresentou forte crescimento dos índices supracitados, conforme a doença se espalhava pelo estado, a partir do mês de Abril.
Outro fator que se deve analisar é o comparativo com outras capitais do Brasil. Embora, Teresina apresente elevação sensível nos índices estudados, percebe-se que a capital piauiense mantém-se num nível abaixo da média das capitais nacionais. Nada que se deve comemorar, é certo, mas demonstra que as famílias teresinenses, em época de calamidade pública, possuem uma capacidade maior para atravessar a crise com menos dívidas.

Fonte: Ascom

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