O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso celebrou os 30 anos do Plano Real nesta segunda-feira (24) junto com alguns dos economistas responsáveis pela criação da moeda em 1994: Pérsio Arida, Pedro Malan e Gustavo Franco.
Os três economistas posaram para uma foto com FHC, que era ministro da Fazenda do governo Itamar Franco durante a implementação do plano.
Nesta segunda-feira, a Fundação Fernando Henrique Cardoso realiza um evento para celebrar o Plano Real, com a participação dos economistas André Lara Resende, Armínio Fraga, Edmar Bacha, Gustavo Franco, Pedro Malan e Pérsio Arida.
O Plano Real, que completa 30 anos no próximo dia 1º, marcou o fim de um dos períodos de maior instabilidade econômica e monetária do Brasil.
“As três décadas do Real mostram que a boa técnica e a boa política são inseparáveis na explicação do sucesso do plano. Aprendendo com os erros das tentativas anteriores, o Real pôs fim a uma longa história de inflação alta, surtos inflacionários e planos mal sucedidos. Com 30 anos de vida, já é a moeda mais longeva da história do Brasil. Uma conquista a ser preservada”, destacou a Fundação FHC em nota.
Fases do Plano Real
Na primeira, as medidas buscavam um ajuste fiscal, com a criação de FSE (Fundo Social de Emergência), criado para aumentar a arrecadação tributária dos anos de 1994 e 1995.
Em seguida, o governo criou a URV (Unidade Real de Valor), uma moeda fictícia que antecedeu o real. Nunca existiram notas dela, que também não substituiu o cruzeiro real. As duas moedas conviveram por quatro meses.
O grande objetivo era preparar a população e o mercado brasileiro para um ambiente novo em que os preços sofressem tantas alterações. O URV começou a valer no dia 1º de março de 1994, quando uma unidade equivalia a CR$ 647,50. No último dia, em 30 de junho, a URV correspondia a CR$ 2.750.
A última fase foi a introdução da nova moeda, que passou a circular oficialmente no dia 1º de julho de 1994. Antes do Plano Real, o Brasil já tinha tentado reverter o cenário de hiperinflação. Os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor apresentaram planos nos seus respectivos governos, mas eles não prosperaram.