O empresário Everlando Alves dos Santos será julgado pelo Tribunal Popular do Júri na próxima quinta-feira (20), pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, acusado de provocar um aborto sem consentimento em uma mulher chamada Lucineide Alves dos Santos
Segundo depoimento de Lucineide, Everlando não aceitou a sua gravidez. Ele chegou a ameaçar a mulher, que já estava grávida de dois meses, e recusou a abordar o bebê.
Alguns dias depois, a vítima foi visitada pela até então cunhada do acusado, identificada como Laura Rosa, que afirmou que a família aceitaria a gravidez. Posteriormente, Everlando também foi até a casa da vítima, e disse que “estava se acostumando com a ideia de ser pai”.
Everlando foi novamente à casa de Lucineide e a convidou para ir até Parnaíba. A vítima, sem desconfiar de nada, aceitou a viagem. Depois de passar em um bar e despachar um envelope, o acusado levou Lucineide a um motel.
No local, o homem começou a introduzir algo na vagina de Lucineide, alegando ser um gel. No entanto, minutos depois, a vítima começou a passar mal e percebeu que estava sangrando. O aborto foi constatado dias depois.
O Ministério Público do Piauí (MP-PI) denunciou Everlando Alves dos Santos pelos crimes de provocar aborto sem consentimento da gestante, conforme o artigo 125 do Código Penal, com pena prevista de três a dez anos de reclusão, além da agravante prevista no artigo 61, inciso II, alínea f, pelo contexto de relações domésticas e violência contra a mulher.
Da Redação