A Força Aérea Israelense realizou um bombardeio aéreo no Irã na quinta-feira (12). Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em Teerã.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência no país e afirmou que o espaço aéreo israelense foi fechado como medida para evitar ataques retaliatórios.
De acordo com o site Axios, os EUA não tiveram envolvimento na operação.
O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir 15 ogivas nucleares em questão de dias, e o regime iraniano está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba.
Os ataques desta noite têm “dezenas” de alvos em todo o Irã, segundo Tel Aviv.
Segundo os israelenses, o programa nuclear iraniano constitui uma ameaça à existência de Israel.
As autoridades iranianas suspenderam todos os voos partindo e com destino ao aeroporto de Teerã. Segundo a Reuters, o governo iraniano conduz uma reunião de emergência momentos após o ataque.
Líderes militares mortos em ataque
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, anunciou nesta sexta-feira que três dos principais chefes militares do país foram mortos durante os ataques lançados por Israel entre a noite e a madrugada, e imediatamente indicou substitutos, uma tentativa de conter os danos à cadeia de comando após um baque de proporções sísmicas. O Exército de Israel afirmou que a operação tinha por objetivo eliminar a ameaça nuclear do Irã, considerada uma ameaça existencial ao país. Teerã, por sua vez, considerou a ofensiva um ato de guerra.
Entre os mortos na operação israelense estão o general Mohammad Bagheri, então chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, e o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica — uma força de elite dentro da estrutura militar iraniana. A liderança iraniana não havia se pronunciado oficialmente sobre as mortes, quando Khamenei nomeou substitutos. O Estado-Maior passa a ser comandado pelo general Abdolrahim Mousavi, que era comandante do Exército, enquanto a Guarda Revolucionária será chefiada por Mohammad Pakpour, que liderava as forças terrestres do mesmo braço armado.

EUA esvaziam embaixadas
Na quarta, os Estados Unidos haviam começado a esvaziar embaixadas no Oriente Médio devido ao risco de ataques entre os dois países causarem distúrbios na região.
Em abril, de acordo com o jornal “The New York Times”, o presidente Donald Trump se opôs a planos de Israel para bombardear instalações nucleares do Irã. À época, Trump afirmou que qualquer ação militar prejudicaria as negociações para um acordo nuclear entre os dois países.
Com informações da Reuters