O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu sobre a acusação de que planejou um golpe para continuar no poder. Em depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal), ele afirmou que “seria fácil começar” esse ataque, mas disse que sempre agiu conforme a Constituição.
“Da minha parte, ou da parte dos comandantes militares, nunca se falou em golpe. Golpe é uma coisa abominável. E até seria fácil de começar, o ‘after day’ (dia seguinte) é que seria imprevisível. O Brasil não poderia passar por uma experiência dessas”, decretou Bolsonaro.
Bolsonaro explicou que cogitou usar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), algo previsto na Constituição, depois da eleição de 2022.
Mas negou que o protesto do dia 8 de janeiro tenha sido uma tentativa de fazer com que ele voltasse ao poder: “Nunca fugi das quatro linhas da Constituição. Fico até arrepiado quando se fala que o 8 de janeiro foi um golpe. Aquelas pessoas, pobres coitados…”.
No mesmo depoimento, Bolsonaro também pediu desculpas a Alexandre de Moraes, ministro do STF, por acusações do passado, e mais uma vez atacou as urnas eletrônicas.