O ministro da Defesa da Colômbia anunciou nesta segunda-feira, 9, que o governo está oferecendo uma recompensa de R$ 4,06 milhões (cerca de 3 bilhões de pesos colombianos) para quem tiver informações que levem aos responsáveis pelo atentado que terminou com o pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe, baleado na cabeça em Bogotá.
Um menino com menos de 15 anos de idade foi preso após o ataque, informou o gabinete do procurador-geral em um comunicado no sábado, acrescentando que o suspeito estava portando uma pistola do tipo Glock de 9 milímetros. O governo disse que está investigando se há outros possíveis autores do crime.
O hospital Santa Fé de Bogotá afirmou também nesta segunda que o senador de 39 anos, integrante do partido de oposição Centro Democrático, teve pouca resposta ao tratamento após ser atendido com urgência vítima do disparo durante um ato político na capital do país.
“O paciente Miguel Uribe Turbay continua em estado crítico e tem tido pouca resposta às intervenções e manejos médicos realizados. Continuamos comprometidos com a execução de todos os esforços necessários que conduzam à sua evolução”, diz a comunicação do hospital.
O atual presidente do país, Gustavo Petró, se manifestou nas redes sociais demonstrando total repúdio à violência contra o senador e declarando apoio ao pré-candidato e à sua família.
Na comunicação do hospital, o diretor médico, Dr. Adolfo Llinás Volpe, explica que o caso é de extrema gravidade e por isso o prognóstico seguirá reservado.
O avô de Uribe foi presidente do país entre 1978 e 1982, enquanto sua mãe, a jornalista Diana Turbay, foi sequestrada em 1990 por um grupo armado sob o comando do falecido líder de cartel Pablo Escobar. Ela morreu durante uma operação de resgate em 1991.
Vários países, incluindo Brasil, Itália, Espanha, Uruguai e Paraguai, condenaram o ataque, assim como o governo e a oposição da Venezuela.