A Câmara Municipal de Teresina instaurou nesta quarta-feira (28) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a dívida bilionária identificada pela atual gestão nas contas do município que ultrapassa R$ 3 bilhões.
A CPI contou com o apoio das bancadas do PT, PSD e PDT, enquanto os vereadores que integram a base do prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) não aderiram à proposta.
Nos próximos ocorrerão a composição da comissão e o cronograma das atividades. O objetivo, segundo os vereadores que apoiam a CPI, é oferecer respostas à população sobre as causas e as responsabilidades pelo endividamento da Prefeitura de Teresina.
A CPI teve o apoio de 13 dos 29 vereadores de Teresina.
Rombo nas contas da Prefeitura
O prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) revelou que a dívida da Prefeitura de Teresina é de R$ 3 bilhões.
“Quando eu falei que nós estávamos devendo em torno de R$ 1 bilhão, a coisa é muito pior, pois estamos devendo é R$ 3 bilhões. A prefeitura está devendo a fornecedores, com empréstimos bancários e outras dívidas que chegam a R$ 3 bilhões”, frisa.
Confira valores os devidos:
R$ 480 milhões em restos a pagar (contratos executados e não quitados);
R$ 280 milhões em consignações usadas e não pagas;
R$ 212 milhões terceirizados que está na justiça, mas é preciso renegociar e pagar;
R$ 110 milhões da Fundação Municipal de Saúde (medicamentos e insumos para hospitais) do ano passado, encerrou dezembro devendo;
R$ 570 milhões em dois empréstimos ao Banco do Brasil;
R$ 100 milhões do empréstimo ao BRB Banco de Brasília;
R$ 275 milhões de empréstimos à Caixa Econômica Federal;
R$ 123 milhões teve o empréstimo no CAF que é um Banco Interamericano;
R$ 202 milhões Banco Interamericano de Desenvolvimento, R$ 202 milhões;
R$ 502 milhões de repasse ao IPMT, que é um órgão dos servidores;
R$ 8 milhões de FGTS;
R$ 4 milhões de INSS.
Da Redação