“O Agente Secreto”, do pernambucano Kleber Mendonça Filho, conquistou o Prêmio da Crítica no 78º Festival de Cannes, concedido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), instituição centenária que reúne jornalistas de todo o mundo. O júri destacou, inclusive, o fato de o diretor ter atuado como repórter e crítico nos anos 1990 e 2000.
O longa também recebeu mais uma láurea! O Prix des Cinémas d’Art et Essai, concedido por exibidores. É um diploma que celebra o apelo do longa para o mercado arthouse, um jargão utilizado para salas de cinemas de arte.
“Na verdade, aconteceram duas coisas hoje à tarde. Eu ganhei o prêmio da FIPRESCI, durante 13 anos da minha vida eu dediquei a escrever. E também ganhei o prêmio da Associação Francesa de Salas de Cinema Independente e eu ainda sou um curador de sala independente fora do circuito cinematográfico. Depois de uma semana tão intensa, eu tô muito feliz”, declarou o cineasta.
Sobre o ‘O Agente Secreto’
Na produção, ambientada em 1977, em plena ditadura militar, Wagner Moura interpreta um cientista, responsável por um laboratório numa universidade pública de Pernambuco, que pesquisa energia. E ao desagradar um representante da indústria com ligações com uma empresa de energia, ele passa a ser perseguido, sob a ameaça de morte.
Ele chega ao ponto se abrigar numa pensão que é definida como um lar para refugiados. Mesmo nessa condição, almeja sair do país com seu filho pequeno, ajudado pelo sogro projecionista (Carlos Franscisco) e por uma célula de resistência ao poder instaurado, que tem a misteriosa Elsa (Maria Fernanda Cândido) como operativa.
Da Redação