A oposição apresentou nesta segunda-feira (12) um pedido de CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O requerimento tem assinatura de 36 senadores e 223 deputados, incluindo membros da base do governo Lula.
Abertura da CPMI depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A oposição conseguiu ultrapassar o número mínimo de assinaturas, que é de 27 senadores e 171 deputados. O pedido foi protocolado pelas senadoras Damares Alves (Republicanos-DF) e Coronel Fernanda (PL-MT).
“Somente com uma investigação profunda será possível entender como o esquema foi viabilizado, quais mecanismos foram burlados e quais procedimentos precisam ser revistos. Isso permitirá o aperfeiçoamento dos controles internos e evitará que fraudes semelhantes ocorram no futuro”, diz o pedido.
PT e PSOL não assinaram pedido de CPMI
Nenhum parlamentar do PT ou do PSOL assinou. Como o UOL mostrou, uma ala do PT defendeu apoiar a instauração da CPMI para tentar rebater o discurso bolsonarista, mas o Planalto foi contra. No Congresso, petistas e base já começaram a preparar um dossiê sobre o esquema durante os governos anteriores.
CPI na Câmara
A oposição também protocolou um pedido de CPI sobre o INSS na Câmara. A medida enfrenta resistência do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ainda não instalou nenhuma comissão desde que assumiu o cargo, em fevereiro.
Da Redação