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Lula desembarca na China de olho em oportunidades de negócios

Presidente participará de seminário com empresários chineses e brasileiros, além de encontro com Xi Jinping. China é o maior parceiro comercial do Brasil, que vê espaço para ampliação em meio ao 'tarifaço' dos EUA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste sábado (10) na China. Em Pequim, a comitiva brasileira tenta aproveitar o “tarifaço” dos Estados Unidos para fortalecer negócios junto ao mercado chinês.

Após a escala na Rússia, Lula deve ficar em solo chinês até a próxima quarta-feira (14). Entre outros compromissos, o petista terá reunião com o presidente da China, Xi Jinping.

“Acabo de chegar em Pequim, onde vamos fechar novas parcerias e assinar acordos de cooperação em múltiplas áreas. É mais um grande passo na relação de amizade e proximidade estratégica com a China”, escreveu o petista em uma rede social.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, e o governo brasileiro avalia que há espaço para ampliar as exportações para o país asiático.

A “oportunidade”, como ministros têm chamado, tem relação direta com a guerra comercial entre os Estados Unidos e os chineses. Iniciada em fevereiro, a disputa levou a sobretaxações mútuas e estremeceu a relação entre os países:

  • Os americanos passaram a cobrar uma tarifa de 145% sobre todas as importações da China.
  • Em resposta, a China aplicou uma taxação de 125% sobre produtos americanos e revogou autorizações de venda ao mercado chinês de uma série de frigoríficos dos EUA.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) mapeou 400 oportunidades para ampliação dos negócios entre Brasil e China. As possibilidades estão espalhadas em uma série de setores, com especial destaque para o agronegócio.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já afirmou que o Brasil pretende se “apresentar” como alternativa aos frigoríficos americanos desabilitados pelo governo chinês.

Fávaro é, aliás, um dos membros da comitiva de Lula à China. A pasta da Agricultura afirma que um dos objetivos da visita é a conclusão de um acordo para reduzir burocracias no registro de produtos biotecnológicos.

Em solo chinês, Luiz Inácio Lula da Silva estará acompanhado também de outros ministros, autoridades e cerca de 200 empresários.

A agenda de Lula prevê participação em um seminário com empresários chineses e brasileiros, organizado pela Apex.

Marcado para segunda (12), o encontro, de acordo com a agência, tem como objetivo justamente “discutir a ampliação das relações comerciais entre os dois países”.

Além disso, o cronograma também conta com a participação do presidente brasileiro:

  • em reunião com representantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac);
  • em encontro com Xi Jinping.

Foco no Brics

Além das oportunidades de negócios, a ida de Lula à China também reflete os esforços do governo em reforçar o papel do Brasil no Brics.

  • 🔎O Brics é um grupo formado pelas chamadas economias emergentes, composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

O Brasil tem a presidência do grupo neste ano e vai sediar, em julho, a cúpula de líderes do Brics, que terá como foco a reforma da governança global e o aprofundamento de parcerias estratégicas.

Desde o início do mandato à frente do Brics, o governo brasileiro tem promovido iniciativas voltadas à governança global, incluindo propostas para a regulação da inteligência artificial e o fortalecimento de instituições multilaterais como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brics busca ampliar sua influência com o convite para que novas nações emergentes façam parte do grupo.

Trump e China e Rússia e Ucrânia

Segundo o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil manterá postura de neutralidade ativa em relação ao conflito na Ucrânia, defendendo o respeito ao direito internacional e a busca por uma solução pacífica.

“Temos interlocução com todas as partes, inclusive com a Ucrânia. O Brasil conversa com todo mundo”, afirmou Saboia.

Sobre a guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o secretário afirmou que apesar de a China ser o principal destino das exportações brasileiras, superando União Europeia e Estados Unidos, a relação com os chineses não representa um afastamento dos Estados Unidos.

“Temos uma agenda mais ampla do que uma conjuntura. O Brasil preza sua relação com os EUA e não faz com a China algo que se contrapõe a essa relação”, explicou.

Ele também ressaltou que o Brasil busca diversificar sua pauta exportadora e atrair investimentos de diferentes regiões, como o Sudeste Asiático.

 

 

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