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‘Cheio de Ódio’, chefe do tráfico da Ladeira dos Tabajaras, é morto durante operação para prender assassinos de policial, diz secretário

Polícia Civil subiu o Tabajaras para cumprir 2 mandados de prisão. Traficantes reagiram a tiros.

O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Felipe Curi, afirmou ao RJ1 que o chefe do tráfico de drogas da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul, é um dos cinco mortos durante a operação realizada na comunidade, nesta terça-feira (15). O traficante é conhecido como “Cheio de Ódio”.

Desde cedo, os agentes tentam cumprir 2 mandados de prisão contra os responsáveis pela morte do policial civil João Pedro Marquini, de 38 anos, marido da juíza Tula Mello. O agente integrava a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil (veja abaixo mais detalhes sobre o crime).

“Temos as informações de que entre os neutralizados está o chefe do tráfico da comunidade, conhecido como Cheio de Ódio. Ou seja, um marginal extremamente violento e que estimulava ataques contra policiais. Ele está entre os neutralizados”, disse Curi.

De acordo com o delegado, a reação da polícia depende da ação dos criminosos. “Se eles não reagirem, não vai haver confronto. Agora, se optarem pelo confronto, a opção é deles”.

Curi criticou as restrições anteriores às operações policiais, determinadas por decisões judiciais, e disse que isso deu ao crime organizado uma vantagem de “meia década”. “Antes, nós mantínhamos uma ostensividade nas comunidades. Isso foi proibido. Agora, a gente está fazendo um plano de retomada dessas localidades”.

Os dois alvos da ação, Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca e Walace Andrade de Oliveira, não foram encontrados.

Os agentes apreenderam três fuzis, duas pistolas e granadas. E três suspeitos foram presos.

A Ladeira do Tabajaras

Operação na Ladeira dos Tabajaras mira assassinos de policial civil no Rio — Foto: José Lucena/TheNews2/Estadão Conteúdo

O Tabajaras é uma favela que ocupa o morro que divide Botafogo de Copacabana, e seus acessos são por vias movimentadas desses bairros.

Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Core fizeram um cerco no Tabajaras e avançavam com o auxílio de um helicóptero. Traficantes reagiram a tiros.

“A reação da polícia depende da reação dos criminosos. Se eles não reagirem, não vai haver confronto”, emendou Curi.

Por segurança, as ruas Pinheiro Guimarães e Real Grandeza, em Botafogo, chegaram a ser fechadas mais de uma vez, por alguns minutos. Um colégio na região decidiu suspender o recreio ao ar livre e manter os alunos em sala. Em creches do entorno, crianças precisaram se proteger dos disparos e se abaixaram nos corredores.

Vídeos nas redes sociais mostram um helicóptero da Polícia Civil dando rasante em cima do Cemitério São João Batista e agentes da Core em diversas vias que dão acesso à comunidade.

Carro da Defesa Civil na Ladeira dos Tabajaras; pelo menos uma pessoa foi morta durante a operação da Polícia Civil — Foto: Reprodução/TV Globo

A morte do policial da Core

O policial João Pedro e a juíza Tula Mello foram vítimas de um assalto a caminho de casa no último domingo. Ele morreu. — Foto: Reprodução/Fantástico

Na noite de 30 de março, Marquini e Tula voltavam de Campo Grande, na Zona Oeste, em carros separados — horas antes, o policial civil tinha ido de carona com a mulher no Outlander dela pegar o Sandero dele, que estava em uma oficina para conserto.

Ao ver o trânsito parado no Túnel da Grota Funda, o casal decidiu seguir pela serra. Marquini vinha à frente, no Sandero, e Tula o seguia. Em uma das curvas, bandidos que fechavam a pista abordaram o Outlander de Tula.

Ao perceber a ação dos criminosos, Marquini chegou a ligar para um amigo e deixou o celular no viva-voz. A juíza deu ré, mas os bandidos começaram a atirar. O agente saiu do carro armado, mas não deu qualquer disparo — foi atingido por cinco tiros de fuzil.

O carro da juíza foi atingido por três tiros, mas, como é blindado, Tula não se feriu.

A juíza Tula Mello e o policial João Pedro Marquini — Foto: Reprodução/TV Globo

Refúgio no Comando Vermelho

Após matarem Marquini, os bandidos fugiram para a comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena, que há mais de 1 ano é controlada pelo Comando Vermelho (CV).

Logo depois, a Core fez uma operação na região e encontrou o Tiggo usado pelos criminosos. Os investigadores suspeitam que esse veículo tenha sido usado num ataque no Cesarão, em Santa Cruz, pouco antes do episódio que envolveu o policial e a juíza.

O Tabajaras também é dominado pelo CV.

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