A Justiça dos EUA autorizou o governo Trump a prosseguir com o processo de deportação do estudante palestino Mahmoud Khalil, preso por participar de protestos na Universidade de Columbia contra a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.
Khalil está preso desde o dia 8 de março, quando agentes de imigração (Departamento de Imigração e Alfândega, ou ICE, na sigla em inglês) o abordaram na residência estudantil onde ele morava.
O estudante entrou nos EUA com um green card, o que lhe dá status de residente legal e permanente no país.
A decisão foi tomada pelo juiz de imigração Jamee E. Comans, da Louisiana, estado para onde o estudante foi levado após ser detido.
A alegação do governo de que a presença de Khalil nos Estados Unidos representava “consequências potencialmente graves em termos de política externa” foi suficiente para satisfazer os requisitos para a sua deportação, segundo Comans.
Defesa
Segundo a defesa, os agentes do ICE que o prenderam inicialmente disseram que Khalil havia tido o visto de estudante revogado. Quando sua esposa, que é americana e está grávida de oito meses, disse que ele era um residente permanente legal, os oficiais disseram que seu green card também havia sido revogado.
O green card permite que uma pessoa resida permanentemente nos Estados Unidos e lhe dá as proteções da Constituição dos EUA, incluindo a liberdade de expressão sob a Primeira Emenda.
‘Primeira de muitas’
Em março, a prisão de Mahmoud Khalil, do curso de pós-graduação de Relações Internacionais e Públicas da Universidade de Columbia, em sua residência universitária, foi anunciada pelo sindicato Student Workers of Columbia e confirmada pelo presidente americano, Donald Trump, em um post.