A China anunciou nesta sexta-feira (11) que vai elevar de 84% para 125% as tarifas sobre produtos americanos, intensificando a disputa comercial com os Estados Unidos. A medida, anunciada pelo Conselho de Estado da China, entra em vigor no sábado (12) e representa a terceira rodada de retaliações desde o início da nova fase do embate entre as duas maiores economias do mundo.
A decisão veio após a confirmação, por parte do governo Trump, de que os produtos chineses enfrentam agora uma tarifa mínima de 145% para entrar no mercado americano. Esse patamar resulta da combinação de tarifas gerais e sobretaxas aplicadas a itens específicos, como aço, alumínio e produtos relacionados ao fentanil.
O presidente Xi Jinping falou publicamente sobre o tema pela primeira vez desde o início da escalada.
“Não há vencedores em uma guerra tarifária”, afirmou durante encontro com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez. “Quem vai contra o mundo corre o risco de ficar isolado”.
Fim da escalada?
Em comunicado, o Ministério das Finanças da China criticou a postura americana, classificando as tarifas como “unilaterais, coercitivas e em desacordo com as regras do comércio internacional”. A pasta afirmou ainda que, com os níveis atuais de tarifa, “não há mais mercado para produtos dos EUA na China” e sinalizou que não haverá mais escalada, dizendo que futuras elevações serão ignoradas.
“Mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso não fará mais sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”, afirmou o ministério.
“Com as tarifas no nível atual, não há mais mercado para produtos americanos importados pela China”, observou o comunicado, acrescentando que “se o governo americano continuar a aumentar as tarifas sobre a China, Pequim irá ignorar”.
Da Redação