O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), deu início à implementação de um protocolo específico de higiene oral voltado para pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A medida, que também está sendo aplicada no Anexo II – Hospital Nossa Senhora de Fátima (HNSF), tem como objetivo qualificar a assistência prestada a pessoas em estado grave.
Voltado especialmente para pacientes que fazem uso de ventilação mecânica ou não conseguem realizar sua higiene de forma autônoma, o protocolo prevê uma rotina padronizada de cuidados odontológicos realizados pela equipe de Enfermagem. O treinamento, que contemplou tanto aspectos teóricos quanto práticos, foi ministrado com base em diretrizes de melhores práticas hospitalares.
“A higiene oral é frequentemente negligenciada no ambiente hospitalar, mas sua ausência pode aumentar consideravelmente o risco de infecções, como a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) – uma das principais causas de complicações em UTIs”, explica o cirurgião-dentista Mauro de Cássio, que atua na unidade. Segundo ele, a iniciativa representa um avanço importante para a segurança do paciente e para a consolidação de uma cultura de cuidado integral.
A capacitação dos profissionais que atuam nas UTIs marca a primeira fase da implementação do protocolo. A proposta é que a abordagem seja contínua e progressiva, com ciclos regulares de treinamento e monitoramento. “Nosso foco é garantir que a equipe esteja constantemente atualizada, assegurando que os procedimentos sejam executados de forma correta e eficiente”, pontua o especialista.
Para o diretor técnico do HEDA, Dr. Carlos Teixeira, a incorporação desse tipo de cuidado ao cotidiano hospitalar representa uma mudança de paradigma. “Estamos promovendo um cuidado mais completo, que valoriza a saúde bucal como parte do bem-estar geral do paciente. A ideia é aprimorar continuamente os processos e oferecer um atendimento cada vez mais qualificado e resolutivo”, afirma.
O protocolo também se alinha às diretrizes de segurança do paciente recomendadas por instituições de saúde nacionais e internacionais. A expectativa é que a nova abordagem contribua para a redução de complicações infecciosas e, consequentemente, para a melhoria dos indicadores de recuperação em terapia intensiva.