O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o ministro Luiz Fux e votou, nesta sexta-feira, 28, para manter o ex-jogador Robinho preso. Com o voto de Moraes, o placar está em 2 a 0 contra o ex-atleta, cuja defesa apresentou um recurso contra a decisão que manteve sua prisão.
O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e deve durar até a próxima sexta-feira, 4.
Condenado a nove anos de prisão em 2017 pela Justiça italiana, Robinho e outros cinco homens foram acusados de participar de um episódio de violência sexual contra uma mulher albanesa em Milão, quando ele ainda atuava pelo Milan.
Em 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que Robinho cumprisse a pena no Brasil e determinou sua prisão imediata. Desde março de 2024, o ex-jogador está detido na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

O STF agora julga um segundo recurso da defesa do ex-atleta contra decisão de Fux, que negou um habeas corpus a Robinho. Para o ministro, a defesa tenta rediscutir temas já analisados. O recurso traz como argumento principal um ponto do voto de Gilmar Mendes, que foi favorável a Robinho, que não teria sido abordado pelos demais ministros.
Para a defesa do ex-atleta, a Lei de Migração, de 2017, que permite o cumprimento no Brasil de sentenças emitidas no exterior, não poderia ser aplicada ao ex-jogador, já que o crime ocorreu em 2013.