A Polícia Civil de São Paulo faz nesta quinta-feira (13) buscas para prender Emílio de Carlos Gongorra Castilho, suspeito de ser o mandante do assassinato de Vinícius Gritzbach. Delator do PCC foi morto a tiros no aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro de 2024.
Além do mandado de prisão contra ele, a polícia cumpre pelo menos outros 20 de busca e apreensão em endereços ligados ao suspeito. A informação sobre a operação foi confirmada ao UOL pela SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), que detalhou que 116 policiais atuam em buscas em 20 endereços.
Suspeito não foi encontrado pela polícia até as 9h, mas ex-companheira e filho dele foram detidos. A informação foi repassada por fontes da Polícia Civil de São Paulo ao UOL.
“João Cigarreiro”, como é chamado Gongorra Castilho, seria um traficante com ligações com o crime organizado do Rio de Janeiro e de São Paulo e teria emprestado dinheiro a Gritzbach. A polícia ainda não confirmou se este seria o motivo da suposta ordem de assassinato. O traficante atuava no tráfico de armas para o Rio de Janeiro. Investigações da Polícia Civil de São Paulo ligam Gongorra Castilho a negociação de venda de armamentos entre o Comando Vermelho (CV) e o PCC.
Quase 30 pessoas, entre policiais e empresários, foram presos por desdobramentos do caso Gritzbach. Entre os 26 detidos em diversas operações, até o momento, estão cinco policiais civis, um advogado e dois empresários delatados por Gritzbach.
Suspeito de ser mandante emprestou dinheiro ao delator
“João Cigarreiro” era considerado um dos maiores inimigos de Antônio Vinícius Gritzbach. O próprio empresário, jurado de morte por criminosos da cúpula do PCC, confidenciou aos amigos mais íntimos que o rival Cigarreiro tinha ligações também com o CV (Comando Vermelho), do Rio de Janeiro, e temia por sua integridade física.
Relembre o caso
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach se dizia ameaçado de morte pelo PCC e pivô de uma guerra interna na facção criminosa. O empresário foi atingido por quatro disparos ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro.
O veículo usado no crime foi abandonado nas imediações do aeroporto. Dentro dele, havia munição de fuzil e um colete à prova de balas.
Além de Gritzbach, outra pessoa morreu e duas ficaram feridas. O motorista Celso Araújo Sampaio de Novais, 41, foi levado para a UTI após ser atingido por um tiro nas costas, mas não resistiu e morreu no sábado (9). Samara Lima de Oliveira, 28, e o funcionário de uma empresa terceirizada do aeroporto, Willian Sousa Santos, 39, também foram socorridos ao Hospital Geral de Guarulhos.
Da Redação