A Polícia Federal, em trabalho conjunto com o Núcleo de Inteligência Previdenciária, deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Melhor Idade – Segunda Fase, que investiga esquema de fraudes envolvendo benefícios assistenciais destinados a idosos nos estados do Piauí, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
De acordo com a Polícia Federal, as diligências resultaram na identificação de uma organização criminosa estruturada em diferentes níveis, responsável por falsificar documentos públicos, abrir contas bancárias, obter benefícios de forma indevida, além de realizar empréstimos consignados utilizando dados de “idosos de aluguel”.
“Para realizar a fraude, os “idosos de aluguel” emprestavam suas características biométricas (impressões digitais e fotos) para dar aparência de legitimidade a essas identidades falsas. Alguns chegaram a figurar em mais de 30 identidades”, destaca a PF.
A Justiça Federal decretou diversas medidas cautelares, incluindo mandados de busca e apreensão, cancelamento de CPFs, bloqueio de contas bancárias, suspensão de benefícios irregulares, sequestro de bens e, em alguns casos, prisão.
“Foram identificados, até o momento, 21 “idosos de aluguel”, que tiraram cerca de 285 CPFs e Títulos Eleitorais com as identidades falsas. Com estes documentos falsos, contendo dados biográficos falsos, mas ostentando biometria (face e digital) dos “idosos de aluguel”, o grupo criminoso conseguiu abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do Governo Federal e obter aproximadamente 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso, que paga um salário mínimo por mês”, frisa.
Conforme a PF, as fraudes causaram prejuízo de R$ 23 milhões aos cofres públicos.
“A ação evitou o prejuízo de R$ 35 milhões, considerando os valores que seriam pagos caso o esquema não fosse interrompido”, conclui a PF.