O delegado de Polícia Civil, Abimael Silva, afirmou nesta segunda-feira (3) que Francisco de Assis Pereira planejou e executou o envenenamento de sete pessoas da mesma família, com a ajuda da companheira Maria dos Aflitos Silva, que é mãe e avó das vítimas.
De acordo com o delegado, os crimes teriam sido premeditados pelo casal. A vizinha da família, Maria Jocilene, também morreu após tomar um café envenenado na residência. De acordo com a Polícia Civil, ela e Maria dos Aflitos mantinham um relacionamento extraconjugal.
“Eles lograram êxito no plano que tinham desde o início. Esse plano macabro de eliminar toda a família com um intuito egoísta de ficarem sós, assim como ocorreu em crimes de mesma natureza, como o de Suzane von Richthofen e os casos de Isabella Nardoni e Henry Borel”, declarou o delegado.
Após ser presa na última sexta-feira (31), Maria dos Aflitos confessou ter envenenado Maria Jocilene. Em depoimento, ela revelou que cometeu o crime acreditando que isso ajudaria a libertar Francisco de Assis, assim como ocorreu no caso de Lucélia Maria da Conceição, que chegou a ser presa sob suspeita de envenenar os irmãos com cajus.

Maria dos Aflitos declarou que os primeiros envenenamentos foram cometidos pelo Francisco, que desprezava seus filhos e netos. Segundo ela, suspeitou dele, mas estava “cega de amor”. Ainda de acordo com seu relato, Francisco premeditou a história dos cajus para envenenar as crianças e incriminar Lucélia. Maria confirmou que João Miguel e Ulisses Gabriel foram envenenados por um refresco, enquanto Francisco teria adicionado veneno ao arroz durante a madrugada, enquanto ela dormia.

Da Redação