Lucélia Maria da Conceição, de 54 anos, foi colocada em liberdade nesta segunda-feira (13). Ela estava presa na Penitenciária Feminina de Teresina, onde cumpria prisão deste agosto de 2024, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba, no litoral do Piauí.
“Estou feliz porque vou provar minha inocência lá fora. Só quem acreditava em mim era meu advogado e minha família. O que estou sentindo agora é muito alívio. Agradeço muito a Deus e também à minha família. Agora é só descansar em paz, porque eu sempre falei a verdade e ninguém acreditava. Agora, finalmente, vou descansar em paz”, destaca.
O advogado Sammai Cavalcante, que faz a defesa de Lucélia, afirmou que o processo todo se baseou em provas deficientes. O advogado questionou a demora de cinco meses para que os cajus fossem periciados e diz que isso só aconteceu por causa da prisão de Francisco de Assis Pereira, padrasto da mãe das crianças, o que levantou uma nova suspeição de autoria no caso.
“Não é que houve erro. Acredito que a polícia tenha se esforçado. Mas quanto ao procedimento policial, eu acho que houve déficit na investigação. Ela podia ter sido muito mais aprofundada. A perícia dos cajus só foi anexada nos autos na quinta-feira passada, sendo que minha cliente já se encontra presa desde agosto. O prejuízo de ordem moral e psicológica é muito grande. Desde o primeiro momento havia um enredo factual que seria completamente sem razão”, afirma Sammai.
A Justiça soltou Lucélia Maria após laudo da Perícia Cientificar comprovar que os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, não foram mortos envenenados com cajus.
Reviravolta
O caso ganhou uma reviravolta após a prisão na última quarta-feira (8) de Francisco de Assis Pereira da Costa, 53, acusado de envenenar uma família em Parnaíba.
Orlando Dias