Equipes da Polícia Federal cumprem a segunda fase da Operação Overclean, na manhã desta segunda-feira, 23, e prenderam quatro suspeitos. Entre eles, está um agente da PF. A ação investiga o envolvimento de políticos e servidores em um suposto esquema de fraudes em licitações e desvio de emendas parlamentares.
Ao todo, foram expedidos dez mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva, uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público, além do sequestro de bens de aproximadamente R$ 4,7 milhões. Esse valor teria sido obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, e diversos veículos de luxo.
Os mandados são cumpridos em Brasília (DF), Salvador (BA), Lauro de Freitas (BA) e Vitória da Conquista (BA).
A investigação aponta ainda que a quadrilha é suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos com órgãos públicos somente neste ano. Os contratos seriam fraudulentos e de obras superfaturadas.
O grupo era composto também por uma célula de apoio informacional, com policiais, que tinha a função de repassar informações sensíveis ao bando, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.
A força-tarefa, composta pela PF, Ministério Público Federal, Receita e Controladoria-Geral da União, prendeu até o início do mês 15 pessoas e afastou oito servidores públicos por suposto envolvimento no esquema criminoso.
Foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Os crimes investigados são de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.