O presidente Lula (PT) afirmou neste domingo (15) que o general da reserva Walter Souza Braga Netto tem “todo o direito a presunção de inocência”. Ele foi preso ontem por obstrução de Justiça no inquérito que investiga um plano de golpe de Estado.
Lula falou que tem “paciência” e que respeita a democracia. Presidente deu declaração no Hospital Sírio-Libanês, logo após os médicos anunciarem sua alta hospitalar.
Presidente disse que, se forem comprovadas as acusações de golpe, Braga Netto tem que ser punido severamente. “Sou paciente e democrata. Ele tem todo direito a presunção de inocência. O que eu não tive, eu quero que eles tenham. Todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida”.
“Não é possível a gente aceitar o desrespeito à democracia, à Constituição e admitir, que num país generoso como o Brasil, tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da República, de seu vice e do juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral”, destaca Lula.
Investigação aponta Braga Netto como chefe do grupo que planejou a intervenção militar. A PF descobriu que golpistas se reuniram na casa de Braga Netto, em 12 de novembro de 2022, e fecharam o documento Copa 2022, um plano que incluía o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes e a possibilidade de matar o magistrado, o presidente Lula e seu vice Geraldo Alckmin (PSB).
Braga Netto foi ministro de Jair Bolsonaro, que seria o beneficiário final do golpe. O militar também concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022 e era apontado com um dos aliados mais fiéis.
Da Redação