A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 29, que a bandeira tarifária para dezembro será verde. A novidade chega como um alívio para os consumidores, já que a bandeira amarela de novembro adicionava R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
O retorno da bandeira verde foi possível devido às chuvas mais intensas nas últimas semanas, que contribuíram para a recuperação dos reservatórios e aumentaram a geração de energia hidrelétrica, com custos mais baixos em comparação às usinas termelétricas.
“O sistema de bandeiras se consolidou no Brasil como uma forma democrática de o setor elétrico dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente e o custo da energia”, destacou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.
O ano foi marcado por mudanças frequentes nas bandeiras tarifárias. Após um longo período de bandeira verde que durou até julho, o cenário variou entre amarela, vermelha (patamar 1), vermelha (patamar 2) e novamente amarela em novembro. Agora, com a volta da bandeira verde, não haverá cobranças adicionais em dezembro.
Como funciona o sistema de bandeiras
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete as condições e os custos reais de geração de energia no momento do consumo. Antes, essas variações só eram repassadas no reajuste anual das tarifas. Agora, as cores indicam se o custo da geração está baixo (bandeira verde) ou elevado (amarela e vermelha), permitindo que o consumidor adapte seu uso.
Bandeira verde: condições favoráveis, sem acréscimo.
Bandeira amarela: geração menos favorável, com adicional de R$ 1,885 por 100 kWh.
Bandeira vermelha – patamar 1: custos mais altos, acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh.
Bandeira vermelha – patamar 2: custos ainda mais elevados, adicional de R$ 7,877 por 100 kWh.
Apesar das condições favoráveis que permitiram a bandeira verde, a Aneel reforça a importância de manter o consumo consciente, evitando desperdícios e ajudando a preservar o equilíbrio do sistema elétrico.