A Coreia do Norte explodiu parte das estradas que conectam o país à Coreia do Sul nesta terça-feira, 15, após o líder norte-coreano Kim Jong Un ter expressado seu desejo em cortar completamente as fronteiras com o território. O Norte alega que orquestrou o bombardeio porque o Sul enviou drones para vigiar a capital Pyongyang.
Explosivos detonaram duas grandes ligações rodoviárias e ferroviárias entre os dois países. Contudo, estes trechos das estradas já não era mais utilizados, o que não deve ocasionar grande impacto em rotas de viagem.
O exército sul-coreano está em postura de vigilância juntamente com os Estados Unidos. Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver uma fumaça branca e cinza em uma estrada perto da cidade fronteiriça de Kaesong. Veja:
VIDEO: South Korea fires shots south of border after North Korea blows up road linkshttps://t.co/sZrZ3Hq6UO pic.twitter.com/JXv30kg6O4
— NK NEWS (@nknewsorg) October 15, 2024
De acordo com a CBS, especialistas afirmam que não é provável que a Coreia do Norte lance ataques em larga escala contra a Coreia do Sul, já que isso poderia se estender em um conflito maior, tendo em vista que o Sul é apoiado pelos EUA.
Outra questão que deve ser levada em consideração é que a Coreia do Norte tem um histórico de explodir e bombardear locais que já não tem mais utilidade, apenas como uma forma de retaliação ou para deixar a península do Sul em alerta.
Em 2020, por exemplo, o Norte explodiu um prédio vazio de escritórios que foi construído pelo Sul em um trecho da fronteira. O motivo teria sido por conta de uma panfletagem de civis na Coreia do Sul.
O Estado-Maior da Coreia do Sul informou que os militares da península também dispararam tiros de advertência ao sul da linha limitar que divide as duas nações, mas que os tiros não atingiram nenhuma parte da capital Seul.
O Ministério da Unificação da Coreia do Sul condenou o ataque da Coreia do Norte afirmando que é uma medida “regressiva” que viola acordos estabelecidos entre ambos anteriormente.