A Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) alerta à população em relação aos cuidados com o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o estado pode registrar índices variando entre 20% e 12%, que representam risco à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que os níveis aceitáveis de umidade relativa do ar devem variar entre 40% a 60%, sendo de 60% a 80% o ideal. Índices abaixo de 30% aumentam os riscos à saúde.
A exposição prolongada a esses baixos índices de umidade pode causar uma série de problemas de saúde, como o ressecamento das mucosas do nariz e da boca, inflamação das vias aéreas superiores, com possível sangramento e obstrução nasal, além de crises agravadas de asma e rinite. Outros sintomas incluem irritação nos olhos, ressecamento da pele e dificuldade para respirar.
Além disso, a exposição ao calor extremo também pode levar à desidratação e até a exaustão. Os sinais de desidratação incluem transpiração excessiva, tonturas, cãibras, dores de cabeça e desmaios. A radiação ultravioleta, que também é elevada nesse período, aumenta o risco de câncer de pele, reforçando a necessidade de evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h.
Por conta disso, a Sesapi recomenda o aumento da ingestão de água e sucos naturais sem açúcar, mesmo sem sentir sede; evitar a exposição direta ao sol; utilizar roupas leves, de preferência de algodão; usar chapéus e óculos escuros; aplicar protetor solar; e permanecer em ambientes frescos, ventilados e, quando possível, com ar-condicionado.
A Sesapi ainda reforça a importância de atenção redobrada a grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde, que podem não demonstrar os sintomas de desidratação de forma clara. A secretaria recomenda que esses grupos tenham um acompanhamento mais próximo, especialmente durante os períodos mais quentes do dia.
“Em parceria com a Defesa Civil, a Sesapi está desenvolvendo ações de educação para orientar a população sobre os riscos à saúde associados à baixa umidade e às altas temperaturas, reforçando a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde dos municípios para a identificação e monitoramento de sinais e sintomas relacionados às doenças causadas pelo calor”, destaca Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi.
Os municípios também foram alertados sobre a necessidade de implementar estratégias de proteção para grupos em situação de vulnerabilidade, como gestantes, crianças abaixo de dois anos, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. A Sesapi pede que qualquer alteração no perfil epidemiológico, que possa afetar a saúde pública, seja notificada por meio do e-mail: [email protected].
A recomendação final da secretaria é clara: em caso de agravamento dos sintomas ou sinais de doenças causadas pelo calor, a população deve buscar atendimento médico imediato.