Missão dada é missão cumprida. Gabriel Araújo conquistou, nesta segunda-feira, o terceiro ouro dele nos Jogos Paralímpicos de Paris, ao vencer os 200m livre da classe S2. Mais uma vez amassou, como gosta de dizer, os adversários e terminou com o tempo de 3min58s92, bem à frente do russo Vladimir Danilenko, que ficou com a prata com 4min14s16, e do chileno Alberto Diaz, bronze com 4min22s18. E cumpriu a promessa que havia feito ainda em julho, quando declarou:
– Vou ganhar três medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Foi o segundo ouro do Brasil nas piscinas nesta segunda-feira. Mais cedo, Carol Santiago venceu os 50m livre da classe S13 e chegou à quinta medalha dourada da carreira, se tornando a maior medalhista de ouro da história do Brasil.
Estratégia de campeão
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física. E ele usou uma tática diferente, já que a prova é nado livre. Os primeiros metros foram de crawl, com a barriga para baixo, depois fez 50 metros de costas, e terminou de novo no crawl.
Logo no início, já disparou na frente e deixou claro que iria para o ouro. Nos primeiros 50 metros, já passou 2s39 na frente no segundo colocado. A cada 50 metros, foi colocando mais vantagem em relação aos adversários, até fechar com mais de 15 segundos de frente.
Assim, Gabriel chega a seis medalhas paralímpicas na carreira. Em Tóquio 2021, conquistou dois ouros (200m livre e 100m costas) e uma prata (50m costas), enquanto nesta edição de Paris “varreu” as medalhas e foi campeão das três provas.