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Governo Lula sai em defesa de Alexandre de Moraes

Políticos governistas e ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saíram em defesa do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nas redes sociais.

 

Em postagens no X (antigo Twitter), as autoridades minimizaram a reportagem publicada na Folha de S. Paulo sobre a produção de relatórios extraoficiais por ordem de Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Por outro lado, congressistas da oposição do governo Lula (PT) defendem abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e pedido de impeachment contra Moraes.

A Folha de S.Paulo obteve acesso a mensagens e arquivos trocados entre Moraes, seus auxiliares e outros integrantes de sua equipe pelo WhatsApp. Os registros revelam que o gabinete do magistrado pediu pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma não oficial. A atuação se deu por meio do setor de combate à desinformação da Justiça Eleitoral.

Em nota, o gabinete de Moraes disse que todos os procedimentos dos inquéritos das fake news e das milícias digitais foram “oficiais, regulares e estão devidamente documentados” na Corte.

Em nota, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse que Moraes tem um “rigor ético com a lei absoluto” e citou episódio em que o ministro se afastou de cargo no Ministério Público para torna-se secretário da Justiça do Estado de São Paulo em seu governo, em 2002.

“Foi meu secretário de Segurança Pública, brilhante secretário, e só saiu para assumir o MJ [Ministério da Justiça] do governo federal e depois ir para o Supremo Tribunal Federal”, disse.

E completou: “Quero dar o testemunho: grande jurista, retidão e compromisso com a questão ética e legal. Por lei, o ministro do TSE é o ministro do Supremo. Isso é lei. Então, sempre o presidente, a Corte eleitoral, o TSE, tem não só ministro do Supremo, mas é sempre presidida pelo ministro do Supremo. [Moraes] Tem absoluto rigor ético, compromisso e o Brasil deve muito ao Alexandre de Moraes, a sua firmeza na condução do processo eleitoral.”

Entenda o caso
Senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defenderam na terça-feira (13) a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e pedido de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por investigações extraoficiais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre bolsonaristas.

Segundo mensagens e arquivos trocados entre Moraes, auxiliares e outros integrantes de sua equipe pelo WhatsApp, o gabinete do ministro pediu pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma não oficial. A atuação se deu por meio do setor de combate à desinformação da Justiça Eleitoral. O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou em discurso no plenário que já coleta assinaturas para solicitar o impeachment de Moraes. Segundo o congressista, o requerimento será apresentado depois do Dia da Independência, em 7 de setembro.

“É surreal o que estamos vendo no Brasil. Amanhã quero pedir à população que assista uma coletiva na frente da Presidência do Senado. Precisamos ler os pontos e começar uma super campanha de impeachment, um pedido robusto”, afirmou Girão.

Impeachment de ministro
O rito de impeachment de um ministro do Supremo é semelhante ao realizado no caso de presidentes da República. A situação seria inédita, uma vez que nunca um magistrado da Corte foi destituído.

Uma das diferenças é quem dá início ao processo. No caso de presidentes, o pedido deve ser aceito pelo líder da Câmara dos Deputados. Já para ministros do STF, por quem estiver no comando do Senado. Hoje, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

 

Fonte: poder360.com.br

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