A ex-judoca piauiense e treinadora da seleção brasileira de Judô, Sarah Menezes, demonstrou alegria pela conquista de ouro de Bia Souza nos Jogos Olímpicos de Paris. A ex-atleta destacou a emoção de vivenciar um feito inédito, tanto quando lutava e agora como treinadora.
“Eu estou realizada, porque eu conquistei o ouro também, eu sei essa sensação, como é maravilhosa, e hoje, como treinadora, tendo esse feito inédito. Estou muito feliz pela Bia, e por toda a história dentro do esporte. Missão cumprida”, disse ela.
Sarah atribuiu o sucesso da judoca à capacidade de manter a calma e seguir a estratégia estabelecida. Segundo ela, Bia é conhecida pela tranquilidade como atleta e, inclusive, gosta de assistir séries entre as lutas, fazendo seu aquecimento, descansando e mudando o foco, o que a ajuda a se manter concentrada. Mais tarde, a própria campeã olímpica confirmou a história e disse que viu Grey’s Anatomy entre os embates da campanha vitoriosa na capital francesa, além de ter passado o tempo com um joguinho no celular também.
Sara Menezes revelou que sempre aconselhou a atleta a não aceitar a pegada das adversárias e a se manter ativa durante a luta. “Eu falei que ela precisava se movimentar sempre. Ela jamais aceitar a pegada da sua adversária. Ativa, sempre ativa. E ela fez certinho”, contou.
Para manter o foco e a energia para a final, Sarah e Bia seguiram uma estratégia de treinamento intenso e intervalos bem planejados.
“Eu tinha combinado com ela desde o início que ela ia chegar à competição, ia fazer um treinamento mais intenso. Só eram duas lutas. Cada luta durava 4 minutos. Mas se em 10 segundos ela jogasse, ela ia ter um descanso maior”, explicou.
Sarah também conta que sempre incentivou Bia a dominar suas adversárias com confiança, controlando seus movimentos com precisão.
“Eu até brincava com ela. Sua direita é sua. Você que manda na sua direita. Ela vai onde ela quer. Onde você colocar sua mão, ela vai chegar”, compartilhou.
A treinadora ainda enfatizou que orientou a atleta sobre a importância da mobilidade, apesar de ser uma lutadora de peso pesado. Ela instruía Bia a se manter em constante movimento e a realizar o kumi-kata, a troca de pegadas, utilizando não apenas as mãos, mas o corpo inteiro.
“Não é porque você é peso pesado que você vai estar parada. Você tem que saber movimentar, e esse é o diferencial”, finaliza.
Da Redação