Os trens de alta velocidade de Paris, que ligam a cidade a outras regiões da França e a outros países, foram alvo de um ataque, segundo as autoridades francesas. Apesar dos atrasos e cancelamentos na saída dos veículos, a abertura das Olimpíadas não deverá sofrer mudanças na programação, segundo a imprensa internacional.
O ataque aconteceu durante a madrugada. Houve roubo e incêndio de cabos de fibra óptica, que enviam informações sobre os trajetos dos trens para a segurança dos motoristas, de acordo com veículos internacionais. A estimativa é a de que mais de 800 mil pessoas estejam sendo afetadas pelos ataques.
A ação fez com que as operações da maior parte dos Trens de Alta Velocidade, do sistema TGV (na sigla em francês), fossem paralisadas. Em seu último comunicado, a operadora SNCF dos trens disse que houve uma retomada “parcial e muito gradual” do tráfego de trens nas últimas horas por conta de reparos de emergência das equipes técnicas. (Leia mais abaixo)
O primeiro-ministro francês Gabriel Attal descreveu a série de incêndios como “atos de sabotagem” realizados de maneira “preparada e coordenada”. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse que espera realizar prisões de suspeitos do ataque em breve. Veja o que disseram outras autoridades francesas sobre o ataque.
Faltando menos de oito horas para a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, que está marcado para às 19h30 no território francês (14h30 no horário de Brasília), quem tentava chegar à cidade enfrentou atrasos e cancelamentos. As estações amanheceram com filas.
Os TGVs ligam Paris a cidades de outras regiões da França e a outros países europeus. Como as viagens duram poucas horas, os ataques devem impactar quem se programou para viajar nesta sexta à capital francesa para acompanhar a abertura das Olimpíadas.
Os principais alvos foram as estações das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no sudoeste, e Estrasburgo, no leste. Outro ataque, que liga Paris às cidades de Lyon e Marseille, ao sul do país, foi frustrado, segundo o jornal francês “Le Monde”.
Com informações da Reuter