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De capuz e cabisbaixo, Nego Di é escoltado por policiais ao camburão; assista

Nego Di foi alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro

Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Gi, foi preso no domingo, 14, no bairro de Jurerê Internacional, região nobre de Florianópolis (SC). Em imagens que circulam pelas redes sociais, é possível identificar o comediante sendo escoltado por quatro agentes da Polícia Civil. Com calça preta e casaco na cor camurça, ele aparece cabisbaixo, de capuz e com as mãos para frente nas imagens.

 

Na sexta-feira, 12, Nego Di foi alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de golpes, lavagem de dinheiro e movimentações suspeitas.  A esposa dele chegou a ser presa durante operação por porte de arma de uso restrito e sem registro, mas pagou fiança de R$ 14 mil e foi liberada.

Em nota divulgada ainda no domingo, 14, a defesa do influenciador informou que está tomando as medidas cabíveis e destacou a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, “que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até que se prove o contrário”.

A Polícia Civil, por meio de nota acessada pelo Terra, informou que o comediante é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos de uma loja virtual da qual era proprietário. Segundo relatado, vítimas efetuaram os pagamentos, mas nunca receberam os produtos em suas respectivas casas.

Segundo a investigação da polícia, a loja “Tadizuera” operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 – ocasião em que a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Devido ao problema com consumidores, o ex-sócio do influenciador na empresa, Anderson Bonetti, também teve a prisão preventiva decretada. Ele foi preso na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas solto dias depois.

Na loja em questão, era vendidos aparelhos de ar-condicionado, celulares e televisores, tudo isso com preços bem menores do que os praticados pelo mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil. A investigação aponta que não havia estoque, e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, mesmo sabendo que não seriam.

Para além da loja virtual, Nego Di encontrou uma maneira de engajar o público e ganhar dinheiro. Com prêmios atraentes, como o PIX instantâneo, celulares e até carros, ele realizou alguns sorteios virtuais. No entanto, a ação resultou em um esquema que configura lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público.

Em uma das promoções, o influenciador gaúcho diz que seus seguidores podem ganhar um PIX de R$ 30 mil, um iPhone15 e um PlayStation5 se comprarem a rifa que custa apenas 15 centavos. Na época, a movimentação financeira em contas bancárias de Nego Di passaram de R$ 5 milhões, segundo a Polícia.

 

 

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