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sexta-feira, novembro 1, 2024
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Abin paralela espionou ministros do STF, jornalistas e parlamentares; veja lista

Operação revelou nomes dos três poderes e jornalistas que teriam sido alvo de esquema paralelo montado na Abin no governo Bolsonaro

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) espionou ilegalmente, segundo a Polícia Federal, ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e jornalistas.

 

A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a PF a deflagrar 4ª fase da Operação Última Milha. O objetivo da Polícia Federal é desarticular uma organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas.

Nos arquivos analisados até o momento, foram as seguintes autoridades e jornalistas monitorados, algumas já adiantadas pelo Jornal da Band:

Ministros do STF (Judiciário) 

  • Alexandre de Moraes,
  • Dias Toffoli,
  • Luis Roberto Barroso; e
  • Luiz Fux;

Poder Legislativo 

  • Arthur Lira, presidente da Câmera;
  • Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara;
  • Kim Kataguiri, deputado federal;
  • Joice Hasselmann, deputada federal;
  • Alessandro Vieira, senador;
  • Omar Aziz, senador;
  • Renan Calheiros, senador; e
  • Randolfe Rodrigues, senador.

Poder Executivo 

  • João Dória, ex-governador de São Paulo;
  • Hugo Ferreira Netto, servidor do Ibama;
  • Roberto Cabral Borges, servidor do Ibama;
  • Christiano José Paes Leme Botelho, auditor da Receita Federal;
  • Cleber Homen da Silva, auditor da Receita Federal; e
  • José Pereira de Barros Neto, auditor da Receita Federal

Jornalistas 

  • Monica Bergamo;
  • Vera Magalhães;
  • Luiza Alves Bandeira; e
  • Pedro Cesar Batista.

Nesta fase da operação, de acordo com a PF, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”. 

“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, declarou a corporação em comunicado. 

Os investigados, conforme a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Alexandre Ramagem seria o responsável pela Abin paralela

Em janeiro, a Polícia Federal acusou o deputado federal Alexandre Ramagem – aliado e amigo da família Bolsonaro – de ser o chefe de uma organização criminosa que espionava ilegalmente autoridades e adversários do ex-presidente.

A Polícia Federal chegou a pedir a suspensão do mandato de Ramagem, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que autorizou a operação, não atendeu.

Na ocasião, além do deputado, sete policiais federais e três servidores da Abin foram alvos da operação. Eles são suspeitos de monitorar, de forma ilegal e sem autorização judicial, políticos, jornalistas, advogados e adversários durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ramagem foi diretor da Abin de 2019 a 2022.

Em outubro do ano passado, em outra operação, a Polícia Federal prendeu agentes da Abin acusados de usar ilegalmente o software first mile, para monitorar e perseguir ilegalmente pessoas através do sinal de celular.

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