O coordenador do movimento SOS Centro, médico Samuel Rego, afirmou neste sábado (6) que será realizada na próxima terça-feira (9) uma caminhada pelas principais ruas e avenidas da região. Ele destacou que o objetivo é chamar atenção das autoridades para a onda de assaltos e arrombamentos na região.
“O maior problema do centro hoje é a falta de segurança”, disse o médico Samuel Rego,
Segundo ele, os assaltos são constantemente praticados pelas mesmas pessoas. “Todos são presos e soltos logo em seguida. Velhos conhecidos da polícia”, acentuou.
O médico informou ainda que foi criado o arrombômetro, mecanismo pelo qual se pretende medir a quantidade de arrombamentos diários no centro. “Não apenas nos comércios. Será feito o boletim do arrombômetro. Tudo será divulgado em nosso Instagram, do SOS Centro. Hoje está tudo muito silenciado. Poucos reclamam. Nosso objetivo é tornar essa discussão pública.”
Samuel Rego disse que a maioria dos moradores, comerciantes e trabalhadores do centro desistiu de reclamar por conta da sensação de impunidade. Os elementos identificados e presos são soltos quase que imediatamente.
Numa recente entrevista à Rádio O Dia, o médico declarou que cerca de 400 mil pessoas circulam pelo centro diariamente. No entanto, apenas cerca de 30 mil pessoas residem na área.
Entre 2010 e 2024, segundo ele, aproximadamente 20 mil pessoas deixaram a região. “Então precisamos de gente para morar no centro. Isso termina acentuando a presença do poder paralelo da criminalidade.”
Samuel Rêgo sugere que sejam baixados valores dos impostos. O IPTU (Imposto Territorial Predial Urbano) na área ainda é muito elevado. “O centro também está muito escuro. Você já andou no centro à noite?”, questionou ao repórter.
“Precisamos de atividade nas praças. Na praça do Marquês tem aquela feirinha de plantas. Alguém tem que adotar as praças da capital. Ações que venham a inibir a presença de maus elementos”, enfatizou.
O médico e vice-presidente do SOS Centro afirmou que a praça da Bandeira é um local muito perigoso atualmente e um balcão de negócios para celulares roubados.
No seu entender, o poder público não pode continuar sendo negligente e tem que atuar em duas áreas: no combate ao crime e no acolhimento aos usuários de drogas.
“São dois problemas: os criminosos e os dependentes químicos”, comentou ele.
Prefeitura e governo do estado devem ampliar os convênios com entidades terapêuticas como Casa do Oleiro, coordenada pelo pastor José Gouveia; e Fazenda da Paz, por Célio Barbosa.
“O estado tem que atuar também na garantia do policiamento eficaz”, enfatizou. “Um comerciante amigo nosso recentemente fechou seu estabelecimento por causa de prejuízos de aproximadamente R$ 100 mil. Sendo assim, as pessoas estão migrando para outros lugares por conta da falta de segurança.
Com informações do debatepiaui.com.b