Uma fazenda de Lúcia Veríssimo, de 65 anos, foi atingida por um incêndio no último sábado, 15. A propriedade fica localizada em Chiador, em Minas Gerais, e a atriz passa bem. Apesar do susto, ela não pretende registro ocorrência sobre o assunto.
De acordo com relato da artista, pessoas invadiram sua propriedade de madrugada e, enquanto fugiam, jogaram uma ponta de cigarro acesa na mata seca. O fogo logo tomou proporções alarmantes. Ela, juntamente, de um funcionário tentaram conter as chamas, mas diante da gravidade, desistiram.
Sem Corpo de Bombeiros em Chiador, uma equipe de Juiz de Fora, a 80 km de distância, teve que ser acionada para lidar com a ocorrência. Ao comentar o caso, Lúcia os chamou de “verdadeiros heróis”.
“Estávamos tentando fazer um aceiro, [uma técnica] para delimitar o espaço e o fogo não passar [e alcançar a área da vegetação]. Mas, com o vento e a seca, tudo foi desfavorável […] começou a alastrar muito seriamente às 8h30, por conta de um vento. Os bombeiros chegaram 16h15. Primeiro comecei a chamar todos os vizinhos, para ver se eles ajudavam, e eu estava no meio do fogo, sem celular. Mas estávamos conseguindo segurar, porque estava indo para um lado em que não afetava muita coisa. Mas, de repente, virou. Aí, tive que chamar o bombeiro, por volta de 12h. Eles saíram daqui era 2h”, disse ela, em entrevista ao Gshow.
A propriedade tem aproximadamente a 217.8 mil m² de terra, boa parte representado por vegetação. Segundo ela, o prejuízo mais considerável ocorreu nos piquetes, área reservada para pastagem.
“Tive um prejuízo de cinco alqueires, mas não eram da minha reserva florestal. São de territórios que venho replantando […] Eles [Bombeiros] podiam ter jogado a toalha, porque a situação era muito feia. É uma floresta virgem, com árvores de 25 a 30 metros. Quando pega fogo, são labaredas, do tamanho delas. Eles foram verdadeiros heróis. Depois, entraram na fazenda do vizinho para ver por trás se estava tudo seguro”, explicou.
Apesar do susto, Lúcia Veríssimo não pretende registrar um boletim de ocorrência contra os invasores. Segundo ela, é algo que acontece habitualmente. “As pessoas não têm respeito”, comentou ela, citando que sente dor na laringe e nos pulmões devido ao volume de fumaça ingerida. “Não [fiz o B.O.], não adianta. Ainda estou viva, tenho que estar feliz por estar viva. Aqui, a situação é grave.”