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Presidente do Solidariedade é alvo da PF por suposto desvio de R$ 36 milhões

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (12) contra o presidente nacional do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, por suspeita de desvio de aproximadamente R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral. Ele é o principal alvo, mas não foi encontrado pelos agentes e é considerado foragido. A corporação cumpre outros seis mandados de prisão e 45 de busca e apreensão no DF, em Goiás e em São Paulo. Os alvos são dirigentes, ex-dirigentes e candidatos que concorreram a cargos pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social) nas eleições de 2018, antes de a sigla ser incorporada ao Solidariedade. A PF investiga, entre outras possíveis irregularidades, o uso de candidaturas laranja para receber dinheiro do fundo eleitoral.

 

Além de candidaturas laranja, os investigadores ressaltam que encontraram inícios de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à FOS (Fundação de Ordem Social), a fundação do partido.

Outros alvos da operação são a primeira tesoureira do Solidariedade, Cintia Lourenço da Silva; o primeiro secretário nacional do Solidariedade, Alessandro Souza da Silva; o secretário de Assuntos Parlamentares do Solidariedade, Felipe Antônio Espírito Santo; Fabrício George Gomes dos Santos; Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena e Jarmisson Goncalves de Lima. Todos já foram presos, segundo apurou o R7 e a RECORD. A reportagem também tenta contato com as defesas.

As investigações começaram em 2018, e segundo fontes na Polícia Federal, do início da apuração até 2023, a suspeita é de que tenham sido desviados R$ 36 milhões. O presidente teria comprado um helicóptero avaliado em R$ 2,4 milhões para uso pessoal com dinheiro do fundo. A aeronave está entre os alvos dos mandados de busca e apreensão desta quarta-feira.

“Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral”, disse a PF.

Em nota enviada à reportagem, o Solidariedade informou que “esses são fatos ocorridos antes da incorporação do Pros ao Solidariedade”. “Não temos como responder sobre algo que aconteceu antes dessa junção”, afirmou o partido.

Outro caso
Em 2018, Eurípedes Júnior foi procurado pela Polícia Federal em uma operação que investigou um suposto desvio de dinheiro público no interior do Pará. A Operação Partialis mirou em um suposto esquema de desvios de mais de R$ 2 milhões em contratos da Prefeitura de Marabá para compra de gases medicinais.

Com informações do R7.com

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