Claudia Sheinbaum vai suceder a Andrés Manuel López Obrador, seu padrinho político, e será a primeira mulher na história a governar o México, indicam pesquisas de boca de urna.
Levantamentos publicados pelo jornal El Financiero, pelo canal N+ e pela TV Azteca afirmam que a governista derrotou a oposição, ainda que não detalhem as cifras para seguir o regramento eleitoral e não se adiantar a informações oficiais do órgão responsável.
Os resultados parciais contabilizados pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE) começaram a ser publicados às 23h de Brasília (20h locais), e a apuração está em pouco mais de 1%
O pleito consolidado neste domingo (2) foi marcado por alta violência em várias regiões do país e ao menos 37 aspirantes a cargos políticos assassinados desde o início do ano, segundo levantamento atualizado da organização independente Laboratório Eleitoral.
Sheinbaum aparecia com larga vantagem na maior parte das pesquisas de intenção de voto. Ela herdou o capital político de AMLO, maneira como o presidente é conhecido, ainda que seu carisma pessoal esteja muito distante do que goza o líder populista.
A provável próxima ocupante do Palácio Nacional terá desafios em diversas frentes. Na economia, vê-se diante de um momento-chave do nearshoring, a estratégia de aproximar a cadeia de produção do consumidor final, no caso os Estados Unidos, em um movimento impulsionado pela Guerra Fria 2.0 de Washington com a China.
AMLO não desenvolveu um plano industrial, e uma interpretação comum é a de que houve “sorte conjuntural” para o México se tornar o principal exportador para os EUA. Agora, para analistas, é preciso uma política concreta para o setor se manter no patamar atual.
Com informações da Reuters