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Técnicos do Lacen treinam para usar equipamento de diagnóstico microbiológico mais avançado do mundo

O treinamento foi voltado para os bioquímicos e biomédicos do setor de microbiologia.

Técnicos do setor de microbiologia do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI) participam, nesta semana, de um treinamento para o manejo e utilização do novo equipamento instalado no laboratório para identificação bacteriana, o Maldi-Tof. Nesta quinta-feira (23), o treinamento abordou o manejo de amostras e a análise junto ao equipamento, que é considerado, na atualidade, como a melhor tecnologia de identificação bacteriana do mundo.

 

O treinamento foi voltado para os bioquímicos e biomédicos do setor de microbiologia. O Maldi-Tof detalha com precisão a formação proteica de uma célula bacteriana. Ele é amplamente aplicado em áreas da pesquisa científica e da medicina, incluindo microbiologia. Com a tecnologia, o Lacen terá condições de diagnosticar, por exemplo, casos de tuberculose de forma mais rápida, além de auxiliar na identificação de outras bactérias patogênicas e fungos.

“Amostras que antes teriam um prazo de 24 horas para termos a análise feita, com a utilização do novo equipamento poderão nos dar resultados em poucos minutos. Esses resultados aceleram a questão do diagnósticos e o emprego de um tratamento mais adequado por parte do médico que está acompanhando o paciente, reduzindo custos hospitalares, acelerando o tratamento e evitando o emprego incorreto de medicamentos”, fala a supervisora do setor de microbiologia do Lacen-PI, a microbiologista Gildevane Nascimento.

O equipamento utiliza a espectrometria de massa para as análises e identificação precisa de microrganismos de maneira mais rápida.  Thiago Siqueira, biomédico e microbiologista, foi o assessor técnico responsável pelo treinamento da equipe e destaca a precisão da análise como um dos pontos positivos.

“A análise, além de rápida, traz precisão para o processo, uma vez que o equipamento utiliza ionização para a identificação das proteínas das bactérias. Esse processo de identificação molecular permite a análise completa de qual bactéria está presente naquela amostra”, destaca o biomédico.

A superintendente de atenção primária à saúde e municípios da Sesapi, Leila Santos, destaca que os ganhos para a saúde pública do estado chegam até o setor hospitalar.

“O diagnóstico mais rápido permite ao profissional médico que está acompanhando o paciente empregar o tratamento mais adequado, evitando o uso de medicamentos que poderiam até mesmo gerar resistência na bactéria. O tratamento mais adequado permite uma recuperação mais rápida do paciente, dessa forma essa nova tecnologia ajuda o nosso laboratório de referência a evoluir seu trabalho e ajuda o estado a salvar mais vidas”, fala a superintendente.

Além da identificação, o Maldi-Tof pode ser utilizado para avaliar a resistência de microrganismos aos antibióticos.

Outro ganho gerado pelo novo equipamento é uma maior eficiência para responder a surtos de doenças infecciosas, uma vez que o patógeno será identificado mais rapidamente.

 

 

 

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