A JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, está assumindo as operações do porto de Itajaí, em Santa Catarina. O negócio foi acompanhado de perto pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Subsidiária da JBS, a Seara vai assumir o arrendamento provisório do porto, cuja concessão estava nas mãos da Madá Asset Management. A autorização da Agência de Transporte Aquaviário (Antaq) estava prevista para sair hoje.
Segundo apurou a coluna, a concessionária não vinha cumprindo suas obrigações e mantinha apenas uma operação mínima do porto, que é um importante canal de escoamento para a exportação de frango e suínos da região.
Pressionado por lideranças locais, Costa Filho passou a buscar uma empresa interessada em assumir a operação. Com atuação nos mais diferentes ramos, a JBS operava apenas um pequeno terminal portuário nessa mesma região – também por meio da Seara.
Fontes da empresa, contudo, dizem que não é interesse do conglomerado neste momento investir pesadamente no setor de portos como ocorreu com papel celulose ou mineração.
As negociações para a transferência das operações já ocorriam há cerca de dois meses, mas aceleraram nos últimos 15 dias depois que Secretaria Nacional de Portos e Aeroportos manifestou-se de maneira favorável.
De volta à JBS
Joesley e Wesley Batista voltaram a participar do conselho de administração da JBS em 24 de abril deste ano após um longo período afastados do dia a dia dos negócios. O conselho da empresa foi ampliado de 9 para 11 membros para acomodar os dois.
Foram oito anos sem função executiva formal depois do “Joesley Day”, quando veio a público que Joesley Batista havia gravado o então presidente Michel Temer.
Os irmãos fizeram um acordo de delação premiada após confessar o pagamento de propina a dezenas de políticos. Hoje não respondem a nenhum processo judicial.